CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

Jio l'ieneia, 88 l,ôcca rubra, ao passn que a heroína d'aquelle frant·o Romeu, toda tímida e interdicta, ouvia-lhe as plirases tentadoras n' L1ma seriedade meditati– v:i, eomprirnindo fortemente com os nervosos <l edos trém:1los a fi_,agil haste d' nma soberba e linda roRa côr de sa ngue. E por baixo das ru– <les ,·estes que cobriam os corpos d'aqucll es Llois camponios amorosos, adi vinhava -se a existencia de-foi.:tes nervG!:i sadíos e fe rreos mus cnlos protes– tanJo contra a dr pauperante e<lucagão morbida el e todas as ci<la des e pn1gando a conrnniencia prati ca da vida á lei natureza, em pl eno ar e ple– no sol. Mas Hortencia, que fô ra c.)m a vi sta le– vada pelo raio dn sol pa ra aquelle quadro a um tempo tran qnillo e perturbador, acabara de ves– t.ir -se, aboto{trn o pal etó bran co, rnfo itado de tiras bordadas e rendas, e vo ltou-se para o es – pr lho, afim de pentea r-se. Quedou-se <'ntão a con templar -sP, olhanclo-Ro bem na menina dos olhos, repnt ancl o-!'c boni t:i, com essa natural sci– en cia das mu·ll ieres rnhre tudo o que lhes diz res– p1dto e 111 fu rrn os ura e eleg-an cia; depois lançou mão 11 0 pent e·, passou -o pela cabegit Yari n.s vezes e pren– deu os calwllos com a lguns ganchJs. Em se– guida , tirou do ja rrosinlto um::i. rosa e um peque– no feixe 1l e ja smim , uniu -os n'mn s6 r , metten– <lo -llt es os pés ontrn nR bastas _cabellos ne&"ros,– fi xon-os com 11111 gan !' li o, contmuando a m1rar– se, n'urn doce P1i11H"o de toLlo o seu seml>lante, de toda a sua pc1,soa, co rn o n<]miran,lo tantas gra gns, tão i111port:rntr ~ e rn li orns co1n o as qu e possuía , e ll Omeio da s q11a f'S rrguia -se-lh o 11ean – te 1los olh os, c o111 0 sobn·saín1lo notan-lmentP, o incomparavl'i 1lom da sua virginda1lr. 1Vl i11ut os lkpois, saíu 110 quarto, urni s l.J1111itn , como trnnsfu rma.lla por toda s a1111ellas roupas 5

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