CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

32 ;ll Mques de Oarvallw E a camisa. fi cou presa pelos cotovellos,-occul– tando maiores bell eza8, - emquanto as mãos es– tendiam-se, empunhavam a outra cami sa, to<ln, clleirot:a a lavado e a ba hú onde se occultam fl ô– res . Sempre na mrsma posigão,- com esse ins– t inctivo pudor das mulheres, o qual obriga-as a, um meio-r ecato a inda mesmo na intimida de da solidão,-Hor tencia <les dobrou a cami sa limpa, ab riu-a como uma ban<leira miseri co rdiosa e pa– cifica, fez um gesto la rgo e lançou-a por sobre 11, cabeça, deixan<l o-a enrnl ve r-llrn a pa rte superior <lo corpo. R ntão a outra ca1uisa, aquell a r1ne coutin ua va presa pelos coto-rell os, resvalou rapi– il a para o chão, porém não tão depressa que não deixasse a nú, a inda fóra do a lca nce el a rouptL que vinha descendo, umas roliças · extremidades de pernas carnu<l as, uns tornozellos delgadamen – te elegan tes,-uma aristocrac:a inteira do f6 r – mas em a!]_uelles membros de polJre rapariga do povo. Hor tencia experimentou um a llivio, um bem-estar profundo ao con tacto d'aquelle frio panno claro e lavado; levantou uma pern a, deu um pequeno salto sob re a camisa que descêra para o chão, curvou o co rpo, jun tou-a e, lan– gando -a para cima do bahú, apoderou-se de outra anágna, que vestiu. Um larl!o rai o de sol passam pela j anell a aberta, illumi naYa to tlo o quar tn, esbatia -se na parede principa l do aposento, dando enorme cla – r i<lade a uma pP-quena grn.rn ra extraída de qua l– quer periodico illustrado, e que represen tava um idyllio d' uma ternura intensíssi111a, d'um bucolís– mo edénico e adoravel na sua e~trema simplici– dade. U m j oven pastor có ra.do e fo r te dehruga– va-se n' uma sebe flo rida com o mais espiri tuali - 1:1ado 11orriso a arreg::i,ga/ lhe os labios <fo. lar ga li

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