CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

2S 1.irwq-ues, Jt Car1Ja.llrn ção patrocinadora. Ella tambem tinlia ogerisa ao genio vadío. do irmão, por instincto, prlo im– pulso natural de seu temperamento trabitlhaclor. Quando a mã.e dPsfiava o rosario dos seus conse– lhos e recriminagõcs perante o Lourengo, acudia em Reu soccorro, incitando-o ao trabalho, para não desgostar a marnãesinha, qu e tanto he111 lltr.R qne-ria. No füa seguinte áquelle em que a mullier de Clauuio destruía, com as expansões do delirio, toda a ventura do marido, estava a velha mulata l\I aria lavando uma camisa no quintal, quando a Eortenc::y foi ter ~01~ ella, vindo da sala com um exemplar tio Drnrio do Grani-Pará. -Ouga, nba mãe, ouga que bôa co"isa ! ex– clamou ella batendo n'um hombro da velha. Esta levantou a cabega, ergueu o corpo, es– tendendo os branos, de onde. escorria a ao-na ;;l • 1 o de sabão, fazendo um suave l'UH o na tina:- "Qui é 1" -Este annuncio, nha mãe . E leu, soletranuo : . 11 -"ENFERMEIRA.,-Prec1sa-se tfo uma en- fermeira no hospital da Santa Casa <l e l\liseri– cordia. A tratar com o provedor, nú mesmo".– Nha mãe 'stá ouvindo , Me servia este Jogar de enfen~eira... Eu já devo gaubar mais <li– nheiro: a !amuem de roupa não deixa nada. Nós precisam; de dinheiro ~ara . viver. O Lourenço qua!li nunca nos dá dmhc1ro e as des- pezas são certas. . . -E' verdade : fazemos tantos sacr1fic1os 1. ..

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