CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

H<wtencia 221, poder nar -lhe a ema com stias mã'ls, com as suas. mãos qne tantos beijos tinham ohtitlo <la velha out 6ra, em seus tempos de feliz creanç.a inno– ccnte e traves -a! Mas talvez ain<la houvesse tempo ele experimentar um salvaterio, tentar um meio<le cu "a. Se ella chamasse alguem , .•• Sustentava, n'esse momento, a cabega ela morib1111t1a, cujos olhos, rasos <l"agua, vagufüwam extranha.mente Jentro <las orbitas. Com o braço t>squer,lo pJssatlo rnb o pescogo <la negra, li111- JJava com a mão direita a liaba espumante que rechinava -lho entre dentes, aos c:rntos dos gros– sos labios cr·spados e treinnlos. Tinha o corpo curva<lo para dean te, o rosto mttilo proxirno ao semlihin·e th n~lh ,1-, parecen<lol exigir-lhe uma p,ilavra, desejar bel.ler -lhe o bali to escaldante e . fétido ! Levantou a cabega, com um vislumbre <le pequenina esperança a tremeluzir-lhe mt1ito de leve, longiqu 1 111ente, no SP.U fSpirito de filha que alm,•j:t salvar a mãe querida. , O pensamento, que se fonnularn por acaso, sem formas n t cies– harmonia, do frouxas linhas incertas, como que a<lqu irin coasisteL1e,a, fortaler.entlo -se a sul-itas: Hortenci;i cleixarn pen<ler para traz a cahe c-a ela vel lia, puxara o lirngo e pozer>1-se a pr<:,st.u atten– ção ao qne SP. passam ao redor ele si. Na enfermaria, sol> a luz 1ô.ortiga da la1i1. pada pen<lente do tecto, no centro, al~umas do– ent(' S resonaram tran<Jnillé1s, imJiassiveis á a.iro– nia d.t pn•ta e ít forte d -'i r expansh'a da fLba; ou– tras enr.olhiam-se aternu1as e -m os (Jlhos aber– tos, assistindo á scPna, porvcntufai pensa r- do no seu di,rra<lei10 instante e na proximidade d'elle. Silencio no interior, apPnas momentaneamente cortailo por ul'll bater de viflragas, pela curta converntç;ão de algnu3 canoeiros no -rio, polo

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