CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.
llu-r tcncin 215 indisfnctas palav ras formuladas sem forg a pel;\ voz •>orn·o:t,jantc. Os olhos tiulJnm a vermenli tliio qn e"'o pranto cau sa, nadavnm na hmnidade ,le anl entes iá;,;-rymas retidas dentro das palpe– hras. Curvou-se, muito J)iedosa e amavel, para a enferma, cujo olhar fitava-a sem a mínima ex– pressão notavcl e que parecia até possuir a nota tl'uma, intlifferença a querer degenerar em dure– :r.a. Suas mãos haviam deposto na mesinha da cabec,-irn o pr: i.to cout.entlo a tigella com o caldo por cll a, prepitrndo entre meticulosas attengões. Juntou os labi os trémulos ás oigas da enforma e r erguntou-l11e com um grande affecto profundís– simo a trair se nn, intensa dogura da sua voz: -Qué tomá um caldo, nlm mãe 'i R eFperou sofregamente a resposta, como 1lesejan1lo hebel-a, com furia parn calmar a ar– dencia dos labios abrazados. 1 .Mas a velha .MaYia conservou-se calada, im– passh'el agora, continuando a encarai-a com a mesma tenacidade immutavel, Um borbotão de ligrymas explodiu dos olhos <la e~fermeirn, emquanto 1 a doente da cama contígua áquella em que se esteudia a velha supplicava infantilmente, coma Yozmolliada em mimallli.ce : . , -M'arranje uma cltic'rinl!a p'ra mim ! .... Pois quê! Persistiria ainda a velh,i no ines– mo silen cio desesperador, na m 1 es·ma attitude in– vcstig:t,.lbra, para acabar a stla desesperação 1 E . 1 1 rn por entura pos-sive que ps seus amorosos sentime tos de verdadeira inãe se llonVt>!lsem mysteriosamente embotft dO ,]nra.nte aquella ·se– para~:rw de cin eo a □ nos i Mas seria ella, Rorten. ei a, tão coitada, tão crimi nosa,qúe não merecesse o pe rdKo de sua mã.e depois elo in cevo arrepen- ,
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0