CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

212 1llar()11es 17e Oci r ucillw para o prato uma aza <lo frango r ccheia<lo, qu e estava-11.Je ao alcance tla mão. Levantara se L '>urtago, emp unhando u1u copo. Dirigiu-se ao Tó ó Bótle, em frentfl do qual parou, mirnnda-o rPjulJil ·,tlo. E111 seguida, com grande entbusiasmo ergueu ó copo e gritou: , -Viva a rapaziatfa da pí1 rri a ! / -Vivô !-bradaram to1los. As creangas, que, depois <lo terem comitlo á saciedade, haviam repoU:-atlo as cabeças {t l,orda da mesa, estonteadas pelo somuo, porém que ti – nham acordado •:llm enG rm e susto, ao barulho feito por Lou,·engo, oll.Jarnm-~e mutuamente, olharam os convivas, e t1 e novo deixaram pen,Jer as cabecinhas parn doante, cocltilando in1lo– Jeutes. O mulato bebeu com soffregui<Jão o con– teí1do do copo e volveu ao Jogar que occupava ·uesde o começo <la ceia. N'esse momento. duas grandes lágr ymas afogtrniadas ardiam pelas fa– ces de Hortencia, a qu em um tle~co nsôlo im– menso invad ia, com um calafrio tl e téd io, <le ex– traordinaria trisriiza luctuosa: seu innfw, seu amante, o seu rís pitlo senhor, queria mais do que dominai-a, mai ~ do que possuir-lhe o corpo:.– preten1li 2. impedir que no mun<lo houvesse um doce olirnr inconseq uente que llte afagasse o rosto com a transcPndenta.1 rnei g ui ce tPum sen– t imento ue compaixão ! r. I ~ Ba t.ia duas l1oras da tarde a sinetai da Santa CHs< , Hortencia, que a,lubaHt um ca\uo na c,l– si nlia, _j unto áj-a,nell a, com a, vista perdi<la sourn– o rio -rergil:s tado pelo so l~. totl a en t regue ás tri s,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0