CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.
Jlor-te11cia Uma fatalidade incrivol separara-as bruscamen– te, arremessara-a de B elém parn fóra, a clla que tanto quizera á tiltrn,, á lamentosa victima d'um bruto humano! D eus não tinha lpterillo que a vida <le amba s continuasse a co rrer jun tamente, ·nos doces conchêgos <las g ratas intimidades cm commum e clecrotarn a smL sep1Lrngi'to, a sua pe. reune desgrnga, com a durn intloxil.Ji lida<le <l'um juiz austernmeu te ríspido, !1C trnn scendentacs resolugões e decretos ir reYoga\'eis. D esde então, cvolarn-se t,H1o o prazer que tinha 11eutro lle si, a tornar-1110 o corpo mais le~to e sadio, como se estivesse mais Ie, e,-parn, 11ar Pntrn,,~a áquella constante apprehcnsão do espíri to, r. qnella amar– gura ininterrupta t1e trasosas t risteza s in,e11ci– Yeis, <1u e enluctavam-lhe :b :drna. com totlo o in– feliz ucgrôr t1os fumlo s soffrim ol'ltos. Ha quanto tempo aquillo lia.via sit1o ! E, co111tudo, a sua lembranç1L persi stia fr esca, pal11itantc quasi, tal um facto in esper:ulo aron teci d ainda na -res– pera ! O seu (]Uotit1iaoo vege t1tr trazia comsigo a revroducgão, pr. rsi s tente e impl àca\'el, <las mes– mas conturliagões ment:ws , e erà em tudo 1i copia fiel do pri1111~iro 11ia s ulisc(]u ente l úqnt·ll e tl'onue come\iou a l1a tar a, sua, in fel iciu ail e. A 0 ·ora ,-cotu que dôr o dizia !-iul!•u , al egriaR es trepi tosas, manifostadas em rubras p 1rgalhat1a.s qnentes 11 sonora~; adeus felicid ade invt>j a,rel dos primeiros mmos; 1Ldeus confortante bem-estar dos espiritos socegat1os, tranqui1los em sua p, rcimonia, con– tentei. da sorte, sa t,isfei tos <1a exi steneia; acl eus, vh1a, aileus, prazer, a1leus, tudo, tudo d't 0 ste feio mnutlo, oude ns forç as reunit1as e a nn:tdas de mil desditas têm a ineluctavel potencia destrui– tlorn das correntezas ll os largos rios amazo11icos ! Niio mais se reprot1uzi rão os ruitl osos prazeres d'outros te1upos, quando a Ycllm . fari.t ncalen-
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