CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

196 1lfo rq11 es ele Oar-1:alho hombros, até qu e, finalmen te, tocla núa, atirou-se parn o fuu<l o da rê,le, sop rando a lua do cant!iP.i– ro, que refrangeu-se na chaminé antes de apa– gar-se com um pesta1wjar azula<lo. A's escuras , começo u outra vei a pensar. Suas itléas vagueaya m confusas, aturdi tlns pelo ruido ,h1 chuva, ao qual o ret umban te tro– \' âO dava de tempos a t t ml)()S a nota saliente tl'uma vio]encia maior e m.iis ncceatu:itla. Mas a ponco e pouco furam se lrnbi tuantlo á furia tios e_lementos, até que poderam francamente conci– har-se, unir-se em met!itativ,t coucentragão. O pensamen to da preta ergueu-se li ge iro, atra– vessando o immenso espaco e vei u deter-se na cida<le, ontle o pren<liam Í11 elan cholicas r ecort!.1.– gões tristonhas tl'um pasrntlo ao mesmo te111po alegre e sa lpi catlo tl e funtl,Ls des1lit.as cruciantes. Len1hrou -se <l'urna casiuha tle p,Lre<lcs SPlll cal o tecto <lo pallrn secca., em uma larga estra da tfo arralrn,lde, onde a vm1çJo rohorantc tias tardes calruas espallrnva um grato etlluvio de pétalas de rosas desfo lhauas pelos ardentes dedos tlo sol por cima das ve rdes relvas pa lpit antes , em ricos Ja rdins de commodas liabitagões burguezas. Fôrn uem fe liz al i, n·outros temp<, s, em se u pe- 91rnnino quintal 11111ito risonlio e hc1u Yarrido, iso lada do rnunt1o, toda entregue ao seu tralm– llio-, em comp:ml1trt d'uma querida filli:i atlora– vel, que tr.nto e tii.o denollada111c11te auxiliava-a. Sua tillia !. ... Urna filha que ti vera , e então ! u1n:t liwla mula,tinh it st.Jfa e for tn , appet itosa do corpo e bella tl"alma, que morrem u111 <lia assas– sina,la pela brutaliuadc tl'u111 JH!rfi,lo mulato sem coraç_,ií,o .... Pe11dêra-a parn sempre, sob o go lpe 110 <lestino; 11ão mai s a veria satisf,·ita e sorriden – te a seu lado, cantantlo cópias popnlarPs com t, tlt•scn1l>amro · j:los jnbilosos 1mssa rinhos linc.s !

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