CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

HortenC'ta 185 loucam1~1:tc pelo mu 1 ato, consagrava-lhe todas as suas aspirngões, oR seus votos, a ardencia dos seus anlJelos e sentimentos: profun<lamente tlo– loroso ser-lhe-ia, portanto, obter dH sua parte eR– sas tamanhas otfonsas que degradavam-n'a a seus proprios olhos, buixan<lo -a dAs elevadas culmi– nancias de um grand ,~ amor idfal, purificado á forga de ser sincero e ard1•nte, intenso e cheio de gran<le7a,-para as chatas v1ilgari<l;,Lles Lle urna amigação banal em seu descaro, indecente pf'las circumstanci·• s de odiorn immoralida<le material de que a revestem as torpes vicissitudes da fal ra de educação, da libertinagem desregrada. · A seu pezar con~parava em silencio, com duas groi-sas lágrymas tristíssiina. palpit,rndo-lho nos cílios, o ·tempo actual da sua inf1°lici1laile, com as ris,inba, épocns primitivas d'aquella uniã.o fatal. Que <lir'ereng.1, que mutrigões tão rnpidas de scenns tão div1 rsas ! Ut mo o seu cora('ão co1·– frangia-se to1lo, pequenino o molrsto na sim tleR– g-rnga1la lllelHJ uin hez, lembrando se 110 que fôrn. o mulato-um nol>re co~ag:'io valente e franco. aberto a to,las as generosidade, , ás mrlhores é mais ternas paixõe:s,-e 1]0 que ern presentemen– te, depois que u tétlio arrnstarn-o a desprezai-a bem 1],·pressa-, a maltratai-a com palavras e ges-. tos, a fugir da sna l resenga para entrel!ar-se a outras mt1lheres, com as quaPs se ,lerntavn, nfi. nal, já todo 1lehuoa1lo sobre o cairel do al1)'Slllo - ' ás 11<,senfreadas liba~ões !las soturnas crápulas inen:nravPis ! A ~na, p,,bro mente Llolorirla rncil– .Java f'ntre confusns idéas que tinham a for0.a de prostrai-a em lamentaniis meLlitações, , ui·ante as qnac,s a ·rapnriga pesava uma a uma, com ·gran,le melancolia no profuntlo negro tios ofüos as in1lelicadezas ktlas 110 11martte, as suas nitll'~ palavras do reprehcnsão. 1rnns gestos, 1rnas entona- 1 j

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