CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

182 .Blarques rlo Carvalho vigiai-o, toma ndo-lh e conta de tod as as sua-s sa ídas, e rodeando o de pertin.izes exigencias im;offri veis. Dissimulou, porém, os seus vortladeiros sen– timentos e mostrou- se con tentíssimo por aquella vinda de Hortenc ia, como se a <l füejasse desde longo tempo. _ Eram g rnnJes ensPjos para franca alegria, e:,ses de ctue <lisponha a rapa ri ga com as provas de estima, carícias e boas pa lav ras suavP.S que lll e consagrava o IJ ypocrita mulato. Natureza simples, a lma franca, sem r elmço, acrotlitava lbe na. since:·idatle, coru totla a cegueira das convic– ções arrai ga<las. Em seu espírito não cabiam mai s as inqu ietadoras duvidas que tanto llaviam– n'a feito soffrer antecedrntemente: sua mente possu ía agora a tranq nilli<l ade cstavel de uma ha rmoni a persistent r->, longa e correcta f' lll suas di sposições. Nada no mun<lo a convenceria de que Lourenço despreza,va a pureza dos seus abra• gos pela torpe bandalhice dos fe ios alcouces nau– sealmn dos e depravantes. Uma especie de fas– ci nação do hcimem tinba-a ernmaranhado nas ma lhas d'urna fallaci osa magia satisfeita, con– tentadora , que não daria credito á mínima acclL– sagão formulada contra a lealdade do a mante. _ L oure11go tirava todo o proveito pos1üvel de tao boas diE:posigões a seu favor: comportou-se por algum tem po, muito ordeiro e amoroso, dei– xa1;1t~o-se ficar em casa dura.nte a noite, acudindo sohe1to e inqueridor ao mais rapido movimento ~e l:to r~"' ncia na retl e, nas longas vigílias elas rnsommas que perseguiam-n'a então. ~e ría aquella existencia um pa:-aizo para a rapa ri ga , se não fos ~em bem fortes os seus sof– frime~tos pllysicos, pela approximagão do parto e se nao comegassem tambem a perseguil-a unti

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