CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

178 Jlíarqucs àe üanmllw Desrja,ndo evitar o conflicto, pant não des – gostar Hovtencin,-a qne111 a 1rntv,L a intl a ap<izar do tédio q ue j ;Í lh e in spi rnva,---dispoz-se à fugir do sapatei ro e leva.utai- acampa,mento da tasca, fre4.uen ta da por ell e. D'ali em deante, todas as noites, afeito afi– nal ao auuso quotidiano do alcoo l-tle que ou– tróra só gostava por intermittenciàs, quan•lo clt eg·ava- lh e o capri cl.to de _em lJebeclar-se, de pan– tlc;;a,-dirig ia-sc d outra espelun<'a mal afama– t1a, na rua do Espirito-Santo, por ser o ponto opposto áq uell e on,le o C1autlio gostam tle app_a– recer. Qua,n1lo não ia á ta,verna, pernoitava ern casa tle torpes meretrizes in fames, prostitutas. <l a peor espec ie e da mais repu_imante lmg ua– ge n1. Acl1a ~ a certo salJ ôr especial n'essa.s inf:itle– li1la1les á bella Hortenc ia., com ve ll.t acas opi– n iões lHLtus cas ácerca 1ln. "\'arietlade que deve lrnve r na. a limentação". .Aquell as, ao menoR, e ram a leg res, pilheri osas, risonhas ,-d' nma joco– sid ade qu e até ch egara a fazer-li.t e rnal,-e nã :, a ndavaw todo o dia a lamentar -se rni seravel– mc>nte co 111 0 a irmã, uma tola. Apreciava-as com as sua s desenvolturas, com a meia-nutlt-z com <JUe vinham reee lJ el-o á port,t, entre beijns rescen•lentes a tabaco onlinar io e cachaça de má qualidade. Uma mulhe r (l1we ser franca e muito ,\ada com a gente, banindo acanhamf:ln– tos e çsquisitices que só servPm para afugen tar a fr.-g uezia. Por certo que tinlm Hortencia .1uais seductoras formas <" maiores graças em todos os modos de aca riciai- e di spnl-o a fruir os caros prazeres ado rados; mas tamb r m, com a breca! a ruont,to\lia da ex istencia necess itava ser que– hra rla por essas vu.riações cli vertidas, em as 11uaes 0 co raç:ão não tornant parte de nenlrnma 1

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