CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

1U:l .lla rques d e Oa rrnll10 h ensivelmente ; e re. p ondi a-lhe o irmão por egna l modo, entre o poil e ro. o r espirar do se u la rgo thorax de caryátide. Fazendo um e:forço, afaston-se d 'ali a v e – lh a , com o h orror que p ocleri a sentir se fuo-jsse ,las portas d'um infer no hiantes erq frente fle s.i. Na alcôva, a0ccndcu um p equenino candieiro de p etroleo e dispoz-se a r eunir n'uma trouxa por– tatil os obj ectos mais nece:sarios. Olhou primei– ro em r edor de si. F o i como ·se· todo o seu de- 1 ieioso passado, ornado de fl ores e p e rfumado ,le illusões, se e rg ne. se d i::ante da sua p essoa, _a reco rda r- lh e os annos qu e ali vivera f eliz, tran– quilla, de, cuidosa, sem a sombra d'uma tri st eza . a ennevoar-lhe a pl acidez da existencia. Ali d e ra ao mnndo c,s filh os, aquell es por quem tan to se dedicar a, aos quaes t inha votado toda a p a ixão d e que e ra capaz o :'leu sen~i.bilíssimo tempe ram en to. A li os acale nta ra com dedica– <;âo n as t eimosas e f a: ti entas in somni as da pri– m eira edad e e ensina ra-lhes as r ezas de J es n. - Christo, com a s m ãos inhas erg uidas, os límpi– '1os olhos innocentes c raYados na imagem da V irgem p endente da escura parede embarrca– d a e pob"re. Sempre lhes dera o mai s puro exem– pl o- ele bo1n. comportamento, ele virtude; eram .;eus conse lhos rndes e in eorrect0s n a fórma , porém sev e~·os e mysticamente sa ntós na essen– eia. Por longo tempo andara e11ganad a. com as ~nas dissimulações, ama ndo-os sempre, propor– cion ando-l lies os c1·iminosos encontros com a protecção da sua tolcrancia e eis q ue,de r epente~ cmqua nto a.e. cuidosos vagabundos alegres g ui– tarreavam n as estra das, el.les apnnh alavam-lh e a feli cidade inteira, com as ,,;; nas to rpes abomi – nações na rêcl e commnm das brégeiriccs desca– r adas.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0