CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

Hol'teucia lGG lha, safado ! Eu , empre qu ro Yet· a t ua orarre, desavergonhado ele merda ! Anda, calhamaço, b ate na tua mãe, as ·im ! - · A sua mão cafra largamente, Qrn todo o p'eso ela ruai acenclrada cólera, na face do filho. Houve um peqneno silencio em que os dois pareceram suspende r a res_p iraçilo por um instante, afim ele conteropl~rem-se melhor no íntimo da sua energ ia. Ma breve Lourenço e·– t remeceu todo, com. o pello, do corpo arrep ia– dos, zunindo-lhe o ouYiclo ob uma affiuencia de sangue ardente. Cego, fóra de . i, e brave– janclo, medonho á vista, cresceu para a mãe, que esperava-o t ranqnill a, c.:omo suspensa, e des– carregou-lhe em cima do nariz a brntalicladc -d'um grande murro pesadíssimo. A ve lha soltou um g rito, caín sobrn si mes– ma, espirrando ·angue das fos ·as. Contemplou-a o :filho um momento, co~ a .satisfação da sua có lera expandida r evelada no extranho brilho elos ofüo · e saí.ti á.· pre · as para. a rna, g ritando-lhe : -Ande ! Quem não púde . .. . Para a velha :Ma ria datou d'aquella noite a sileuciosa viela de incon ·equente . passividade que resolvera levar para o f uturo. D'ali em -deante foi menos oommnnirat iva, mai::; de rrra– •Çada, portanto. A offen:a qne recebera elo filho foi como uma grande punhalada que o clel'ltino houvesse-lhe vibrado ert1 pleno corn,ção-na

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