CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

r Rol'fencia 1r,:: ella "que os e:premê ra a :unbos". 'finha-se visto coisa8 a irn. A nha J o.:efa da Pratinha andava a pedir esmolas por todas as ma publica e dormia por piedade em uma cocheira immundn do S. João, emquanto o · dois filhos, depois de a csbordoarem como a um cão, moravam con– tentíssimos na casinha que ella caíra na a neira de comprar em nome d'elles, no de prendimen– to da sua ternura tão mal corre pondiila. Com ella, por6m, hav ia de ser um ponco mais ·n toso obter o complemento d'essa tentativa : não abandonara a a ncto,:iclade ele mãe energ ica e o pau ainda trabalhant. reg nlarmente em suas mãos. · Uma noite,-era qninta-feira,- Lourenço, como sempre, esfo rçan1,-se por pe rsuadir a mãe ele qnc.devia perdoa r H ortencia, para a não propellir a qualquer neto de despeito que fosse bem mais lamentavel elo que o primeiro que ha– via dado, quando a Yelha, enfadad a afinal por aquella tenacidade que era qnasi uma obsessão, corren ao filb,, , de punho. cerrado e g ri tou-lhe bem na faces : .-Sabes qne ma is, Lourenço, 'ston-me ca– gan~lo p'ra os tens con~elho, on viste? ~O que antiTo é isto, nha mãe? murmuro11 brandamente o ontro, c·om refinada hypocrisi:i a adelgaçar-lhe a rudeza da voz. -'-E' isso me ·mo, vociferou a velha, f6ra de si. Si tu qné bem tua mãe, cala-te, mê deixa ,co'a minha vida, não perc i ·o elo· tei' s co nselho · mas si tu 'stás a fayor d'aq uell a de$carada, an: tão vae tu e ella p'ra as profundas dos inferno oo'o djaõinho que ·ena ha de ('agar na tua cara Í Uma c61cra cegou o mu lato, cujas mãos 20

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