CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

.Marr_i1ces rlc Ocirvalho rompida e a · meo-eras do ·oalheiro, ao anoiteeer, tiveram ele retirar-se despeitadas, ,•cm terem sabido obter o vercladeirn motivo da acalora.da polémica de Ma ria com a tilha. Na manhã seguinte, ergneu-se Horteneia muito cedo, para não saír de casa depoi · de ter despertado a velha. Ve t iu-se á,s pressaR, não e ra o so l a inda naclo; e, . em tornar a limento, saíu para a ma, quando uma voz gritqu-lhe de d entrn da a lcôva fechada : -Vaesem mê tomá a b euça,su'amardi– çoacla ! E stacou a rapariga; quiz voltar atraz, hu– milhar-se, caír aos pés da mãe, Rnpplicanclo-lhc perdão. Mas um org ulho ergueu-lhe a cabeça vencedo ramente, deu-lhe aos olhos um fulgor ele desob edicncia e a enfermeira seguiu estrada fórn., sacudindo-se toda, ufana em sna oberha. Louren ço, n'aquclles dias mai. proximos, .·nb equente.· ao rümpimento das duas mnlherei-, recolhia cedo a ca a, iniciando um longo traba– lho de cateche:e da mãe em favor <la amante, d issuadindo-a <lo · n egros plano. de imp erturba– vel desp rezo qne a Yelha resolvera arloptar em relação á filh a. Fazia-se humilde, com palavras mansas e amora,·ei.-, a lludindo á irmã com as phrases que nrn bom co ração dedica aos mii,c– ros desgraçados. E scutava-o Maria r esignada– m ente, como conformada por aquclla posição do filho em defeza da irmã. O mundo et·a as– s im_: uma sucia de mal-agradecidos, que não sabiam p en:ar nos innumeraveis ·offrimentol'I por que passa uma pobre mãe pa ra dar os filhos á luz,-pen 'a,·a com exace rbação, resmungan– do a meio a fórmulas das suas reflexõe:. Não h avia d e admirar- e no caso de Lourenço unir– ·e á cabra eia irmã para expnlsal-a de casa, a

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