CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.
Rortencia ' 145 encaminhar-se ú 1i ·eri co rdia ante de appare– cer completamente o sol. Loureuço acompanhon-a; na m a, den-lh e o braço, para auxiliai-a a andar. R ecu nu a rapa– riga o offerecin ento, ma8 pedin-lhe enternecida que cheira se-lhe a mão, a ver se não sentia al– gum abominaYe l aroma de peixe derrancado ou ôvo podre. Riu-se o mulato da extravagancia d'ella, sem obedece r-lhe; porém Hortencia exclamou: -Tomc-i ban ho honte de tarie e parece qn'estou fedendo ! Um pitiú a, sim .... Depoi deltaYer dito adeu. · á aman te na por– ta do hospital, dirig iu-se Lourenço á casa dos patrõe.:. OaminhaYa tranquillo pelo Y er-o-pe o , -quando estremece u d'alto a. baixo, com um grande calor a subir-lhe ás faces e ás orelhas. A poucos passo· d'ell c, no meio da rua, -crg nia- se o Claucl io, o antio·o ,a.pateiro, parado, .a. fital-o impa::;sh·el com uma insolencia no geito do corpo. Lourenço quiz yo]tar atraz, para furtar-se :áquelle terrin•l encontro; acobardou-se, porém, -com um grande rubor ele vergonJ1a a in cendia r– lhe a pelle e dec idiu-se a adean tar-se resoluta– mente para Claudio. -Vem CÚ/ f .... da p . .. . ! g riton eflte ao irmão de Hortencia, correndo para elle com O!'I punhos fechados, a rregalando os olhos, como se -desejasse fulminai-o sob a potencia do rancor. E abraçaram-se, com o abraço viril ele dois 19
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