CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

Hortcncirt, 143 ça de t er completas as uas habilitações viri , apta á li vre funcção creadora do sêres. E beij ava-a com a rdo r, apaixon_ado e feliz, contente com a sua sorte, agradecido áquella r apariga que ía dar-lhe a suprema sati fação da patern idade. A · mãos percorriam-lhe a cabeça, amoravelmente, n'uma inten ·a alegria toda tré– mula e estuante, a murmurar palavras enterne– cida. , com uma volúpia profunda nos olhos se– mi-cerrados. Hortencia ab raçou-se a elle com um pouco de frieza a deter-lhe os movimento , enfarada elo p razer violento, apenas impulsiononada pelo amo r que entia para com o homem que tinha-a desvirg inisado. Começavam a enjoal-a essas grandes expansões de brutal desejo, da feroz fo rnicação a qne o mulato semp re mostrava-se dispo. to, no egoísmo da sua enorme paixão toda carn,1,l. E demais, a juncção material dos co rp os jamais tentara-a como a culminancia do prazer : a sua natureza repellia esses torpes con– _tacto !"; d e> epiclermes ardente , com uma espon– taneid:-tLlu c:njo explicação provinha da educa,– ção que t iY era a rapariga, a L1x:i liada pelas condi– ções e.,p cci :ias do seu t emperamento. Se entre– gava-se ao irmão, era que o amor que por ell e sentia não t inha a fo rç1. de recusar-lhe a satis– fação do desejo material. Era ess tambem un1- meio de o amar, com ventura e terpa paixão, sa– crifi cando-lhe os seus gostos, clando-lhe a immo– la r, em p r oveito proprio, o trauquiUo socego enorme da sua carne. Uma ternura suavíssima aconselh::wa-lhe e , e desprenclime to da vontn– clo, esse como qno virtuoso proce<\ er provcni en– t;e ela t aci ta concossfio ri.o e ·n,ltndo8 praze res simulanclo prego al-oR intenRamente, enorme.:_ mente. • l

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