CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

142 lilarqiws de Carvt~lhr, pertar alta noite, enfadonhamente. Que elle, coitado, bem necessitava de repou o, depoi de tantos trabalhos durant.e o dia, p en ·ou a11crtan– do o ventre com as mãos e palmadas, afogando. os gemidos que subiam-lhe· á garganta a rdente. E depois, que poderia el le fazer para aUiviar-lbe os soffrimentos ? Entendia acaso alguma coisa de medi cina, para poder valer-lhe com o seu au– xilio ? Aquelle incommodo se ri a, por certo, pas– sageiro e insignificante. No lado direito, junto ao figado, tinha pequenas palpitações, uma leve dôr abafada e como entorpecida. I sso , po– r ém, de nada valia. O que mais fazia-a penar, indisposta e febril, eram as dôres no estomago, as grandes nauseas irresistíveis e irritantes. Bem depressa, d'ali a pouco, os vomitos manifesta– ram-se francamente, na ejaculação de muitas hilis amarís i.mas, que lançavam a rapariga n'um desespero. Lourenço acordou com o barulho, ergue -se a meio, junto da irmã, perguntando-lhe a.i– t;UStado: -Qui é ? .. Hortencia gemia dolorosamente explicaçõeti sobre o seu estado, ao tempo que o mulato, ri s– cando um phosphoro, examinava a ttentamentc o vomito espapaçado no soalho. -An ! fez elle em seguida. -Qui dizes ? -Já 'stás milhor, não ? -Parece que estou agora mais allivi.ada, depois _guc lancei .... - lJois isso é o vomito dos enjôos .. .. da grav lrle z . . . . t·1uii1lt11 nognL !- l.l.kc 'lam o n TJou1•cn " 90 abraçando a violentamente, puxando-a para o fundo da r&do, todo 1· jubilado com a lembran- J

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