CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

136 1Jlarqiie8 <le Carvalho p rimeira bofetada valente que lhe ap plicas ·e, cheio de cólera <lespertada, o marido da trn antiga amante. . Com tae id éa , saíu uma n oite de ca a, r e– solvido a ir procurar o sapateiro, " at é no in– f ern o", se t a l passo fos e neces. ario. Era uma quarta-fe ir a, vespera de di a santi– fi cado. Um luar tranqu ill o e fo rmoso aclarava a escuridade nocturria, amortecendo a luz do gaz nos r everbéros empoeirado, . D e l onge em longe, nas estr adas do bairro de N azareth, Lourenço encont rava um ba tuque, onde pret os enthusiasmados arrastavam chinellas com de envoltura no s61o de t erra ba tida das salas sem pintura. N ervoso, o mul ato enco. tnva-se á janellas, investigando as salas com um olhar profundo e negro. Mulatas ri onhas r quebrav :;i,m-,e nos afadistados meneio, desenvolt os do lundú , t endo' esp etados na grandes trunfas g rossos cachos el e ja. mins, as sáias tufadas, cheias de ar pelas g ra– ciosas vir a voltas ao som das castanhola de trep idantes pretos excitadoi,;. Lourenço afastava-se, murmurando um t erm•> emporcalhado, p elas estradas sombrea– das, onde o vento fazia mysterioso rumor em mang ueiras secular es. Entrava naE tab ern as, com uma anciedade palpitante a arregalar-lh e os gr andes olhos ch eios de brilho feb ril e extra– nho. Mas a mesma decepção p ung ia-o sempre, quando tinha de volver á rua sem ter encont r a– do o seu rival. A ssim caminhando ao acaso, deixando-se acalentar p elo surdo arruido mon6tono dos p r olwios ,·apat os, percorreu d ist raidamente o bairro do Umarisal, até qu e, sem o sent ir, achou– . e na r ua das F lôres, na confl uencia d'esta com

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