CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

.. 124 jj[a,·qu es ele a cwvcilho n'nma beatituçl.e; clava-lh e o nome.~ de •p rto~ arbusto. e p elos qnae ía roc;an lo fts vez e. a eáia da rap:wiga; gabava a agua cl' um igarapé existente ali prox imo e ond e tcncionaYa b a nha r– se ma iRtar de; communi cava-lh e h aYer na flores– ta agre tes a r vore de fru ctos saboro í. simos ; affinnava a in tensiclaclc elo rra7.e r que Renti a pór estar, n'aquelle domingo cL• rl ~,:ca n ço, ao lado da sna mul atiuh a, com yuem fi caria até ao dia ,·e– g uin te, quan 'lo os eµara:;se a nece siclacle de ir cada um para as suas ob ri gações. Ouvia-o solícita a ra pariga, volvendo p a ra elle os seus grandes olhos em cujo negro-ave l– Judad"J se debuxa vam carícias doces e tenta– dora.. Comsigo propria, admirava-se d'aquella i.nesperada r egeneração de Lourenço. Achava-o acima de si mesmo, elevado ás cnlminancias da mai. louvavel virtude pelo sent imento de que todo o mundo rep utava-o incapa7. : a dignidade aco rdada p elo remorsos. Senti a que mai o estimava por isso, vendo no irmão um a rrepen– dido sympathico, merecedo r das puras affeiçõeE;: d'aquclles a quem offendcra e das b enção dl· todo quantos o perdoassem. Que ria correi::pon– der á boa acção do mulato· e, p or isso, tratav::i-o ami ·tosameute- com carinho até-p ara gala r– cloar-lhe o arrependimento e incitai-o á cons– tancia na exeell ente inteuyíío. R esol era jama ii-: fala1·-lhe na l0ucura do seu crime, com o ilen– cio eaptivante da victima que perdoa e esquoce. Em taes disposições, suppunha que não sería o irmão quem tornaria alguma vez a alludir ao caso da noite em que fôram ao circo, em o mo– mento em que Lonrenço, justamente como .;e estive e a ler-lhe os pensa.mentos um a um, du– rante aquella excursão p ela floresta murmu ran-

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