CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

114 Marques rle Cari•allto nas. P'ra outra vez acceitaria com muito gosto. Agora estava incommodado e tinha uma g ran– de porção de somno a estonteai-o : muito somno .... -Pois então vae dormir. . . . 6 moleirão ! Olha, eu vou m'imbora. Adeus ! .... E saíu devagar, aos encontrões pelo corre– dor, a n astando as p ernas. -Ora b6las, homem ! ia dizendo; já não gosta da pingóla, o canalha ! ... . Um cachacei– ro d'aquelles l .... Saíra para a rua, onde perdeu-se-lhe a voz-. Na varanda, Lourenço commentava-lhe a embriaguez, muito sensato em phrases moralis– tas e pac6vias, olhando a mãe e a irmã c0m at– t enção, como se procurasse ler-lhes nos rostos se, realmente, ellas davam-lhe crédito, julgan– do-o sincero. Hortencia, entretanto, havia ido ao quarto mudar a roupa,e voltava n'um desalinho de traje, simp les e pouco abundante, no meio do morim lavado, apresentando vistosamente arredonda– das as f6rmas todas do seu corpo. E acercou-se do irmão, a sorrir-lhe, dizendo-lhe ao tempo que batia-lhe com um dedo na face :-A que ho ra n 6s vamo' ? 1·

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