CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

í Horte11cia 11 realidade a1rn1.rgamente manifestada em febres e <l elíquios transv irul os ... O peor ue tudo isto era que nelll os medicamentos pl.tarmaceuticos receitada pelo tl outor, nem as tisaaas caseiras prescriptas por duas ou tres velhotas ela visinhan – ga, conseguiam a almejada cura de A ntouia, que de um para outro dia perdêra as bonitas cô– res de que era dota<la e detinham agora na com– mo,ente inconscienci a de um torpor <le ri.nimal nojento ... Ob ! ern de mais ! A A n ton ia, a sua risonha A ntonia de carnes frescas e pelle macia corno a volpa do in g[1., estava presentemente a an1er emfebre, como se o sangue lhe fe r resse pelo corpo, e toda cheia de furunculos 1ísperos, cujo contacto communicavit ao co rpo d'elle umri. sensagã,o de mal-estar, levemente arregagatla. por urna pe<[UC· na 'repul são sem causa exp lica,cl no catalagu dos seus sentimentos amorosos pela mull.1er, µo– r ém que oão ll cis,iva por isso tle ser rep ugnante deréras ! E <l epois, aqnella incerteza em que ell e estava ácerca da importancia do mal atormentava– º como as visões sinistras persegu em o criminoso nas horrendas insomni_as d? _remorso. Porque seria t ão fraco de recursos rntmt~vos, para nüo poder chegar de um para outro mstante ao cou l.teci– mento pleno do estado tla _mt:lher 1 Porque teri a tão pequenas poss(•S pecumanas que, por limita– <líssim:is, lhe não permittiam o doce conso lo de recõi:'i-er aos melhores med icas do Pará 1 N'este ponto da r eflexão lembrou-se c1e to<los os rernec1ios que applicára á pobre Antoni a, sem o mínimo resulta,lo. Pela manhã, ainda ao sair de casa, deixara:•ª. com muita, febre, apes~r do chá de tília que m1mst rara-lhe á noite ao deitar-se. Ao meio-dia, qnanu.o fôra. alnrnçai~, tinha-a cn – c1,ntrado com a mesma feb rl', desvairr.cla, falau– tlo em coisaa desconcl.rnvatlas e tolas n'nma, lin- ,

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