História, ou, Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes

) 162 capitão do ]{ater. A bordo do L ee1minne foram os capitães accordcs em que se abordasse a almiranta hcspanhol a, sendo o L eeuwinne, o primeiro na in– ves tida , o Kaler o segundo , e o Ter-Veere o ter ceiro , r esolução que tomaram por lhes 'par ece r que com tiros não r enderi am os contrarios . E como , em quanto es tavam os capi tães assim occupados si ngrar am os hyates, vindo a fi car distanciados um grande es paço dos naYi os inimigos e a sota-vcnto del– les, os da almiranla hcspanhola, entendendo que os nossos se achavam ame– drontados, deram um tiro afastando-se, e içar am uma fl ammula ú yer "'a da mezena . Fizeram os nossos toda a di]i o-encia por se travar em outra vez, mas, cm se aproximando, vi ram que não podi am alcançar a almiranta, como dese– javam, porque crn mais vclcira que a \"i ce-almi ranta; e pois abordar am esta, o L eeuwinne por barl avento e os ouiros dous hya lc-s por sotavcnlo. Vendo isto a a lmiranta hcspanhola, que se achava a barl aYenlo , aproximou- se e abordou o L eeuwinne, que ass im fi co u entre os dous naYi os hcspanhoes, ,·csultando d'aq11i Lão temeroso bombar de io que se não podia Ycr nem ouYir. Tanlo que se di ssipou um pouco a fumaça, yonladc li,·cram os nossos de en– trar os nay ios eonlrari os, mas niio o poderam fazer , por que os navi os hespa– nl 1 Jes eram ma is a lterosos que os nossos, e de cima dell c manejavam os ini – rr1{gos furi osameníc as suas lanças , com que tomou o caso um fe io as pec to. 'l1aleram-sc porém os nossos de s uas ~nanadas . e as ar rojaram entre os inimi– ~os . que não mais souber am aonde se hav iam ele me ticr. Res ultou atear- se o -V"•~ g·o na Yi ce-almiranta hespanhola, mas nem por isso deixar am os nossos de ::_,gfl .D!{' <;:-;~ " 1 "l'UJ~:J'tJi?.~ ;f'\.~ :· -: ·· te dos hcspanhocs, e trabalhar am por abafar o fogo . Depois aparta ram-se uns dos ou tro sempre comba tendo. A a lmi– r anta hes panhola fez por se escapar , e como os hya tcs receberam tanto de– trimento das )Ja las do inimi go que não podi am ma is luta r, não persecruiram o dito navio, e se contenta1·am os nossos com a vi cc-almiranla que lh es fl cú r a nas mãos . Seguiram com cll a para o canal de Bahama; na costa da Florida ti raram dclla algumas caixas de anil , e mandaram para liaYana na fragata os hespanhoes que r estaYam. O navio to rnado era um dos que vinham de Honduras· h-azi a o r iqui ssimo ca rrcgamcnlo de mil quatrocentas e quatro caixas de anil de Guatemala , qua lro mil duzentos e oitenta co uros , e trinta e dous vasos com balsamo. A ,j de Selcmbro recolheram-se os nossos ú Hcpu– blica com este csbulho. O capitão do hya te Hrnun- \' isc lt , que a 2í fi cár a no cabo Corrientcs, mandou a chalupa ú ilh a do l'inos. Vollou es ta na enlTaua, do mez de Julho, trazendo um barco tomado nos Cayos. o qual continha oitenta e dous couros curtidos, e cento e noven ta e quatro não GUJ· ti dos, e seis caixas de eslanho com tabaco ircnoc. A 1 elo mcs ,no mez seguio o Druyn- Vi sch parans Tor lugas , que só él "!:i foram Yi s l:iR supprm<lo os nosso a 1n focipio que eram \'C'la.-. por ·ausa ' 1 <las anor<'S, qu r a lli ha , mui dis lanciaclas, e pot ass im dizer rasas com o ma r. Obser vamm que demoram es las pequen:i,s ilhas na altura ele 21° 2s·. Ao outro <lia a calmaria fe z de1·ivar o h) ale alé as ª ''LH\S dos ::\lar(y1·es, onde o abor dou uni a c:anóa com selntgens . Eram homens clc- e latura clcYada e bem proporcionados J c membros : !raziam as \·crgonhas cobertas com uma

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0