História, ou, Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes

( - 146 inimigos , mas, por causa da bonança, teve de surgir esta noite diante da barra. Por volta do meio-dia de :J a fro la Jcyou ancoras. e impcll ida ele um vento fresco endireitou para a bahia, e cmboccou por ell a, sendo as ·im vista e descoberta pelo inimigo, que haYia cosido seus navios {cm numero ele trinla pouco ma is ou menos) o mai s que pôde com a bateria dispo ta n'agua e a cidade de S. Salvador. Velejava o almirante na frente, e sendo chegado acima dos nayios contra– rios correu para o meio dellcs , e lan çou ferro entre a a lmiranta e vice-almi – ranta portuguezas, contra as quaes fez Yivo fon-o. rguiram-no o Gcltl1·út e o Hollandia, que por igual deitaram a ncoras ao mar; o,; mai nav ios 0 -rossos porém , que lambem haviam recebido ordem de anrnçar, ficaram um pouco atraz, e assim quasi que sómenlc aq ucll cs trcz forçaram o inimi go a pc lir quartel e render os seus navios . Como o pavoroso es trondo da arli lheria não deixaya bem ouvir, suceedeu que a yice-almiranla portu ,,·urza, cuja gente havia muito e ·tava a pedir quartel, foi tão varada de bal as que se afundio. Debaixo dos tiros dos navios e baterias da cidade foram lodos os nossos bateis gua rn ecidos de marinh e iros e mosqueteiros : com aclmiravel pres teza aborrlam estes bateis os navios con lrarios. cuja lripo laçüo é cxpclli da, e leva– dos os mesmos navio para longe da praia e elas halc rias . Os ma is dos solda– dos inimi gos lançam-se dos mwios ao mar. e se salvam a nado. .\ pczar ela furi a com que jogava a a rtilheria gl'Ossa de lodos os fol'lc ·, r elas ba las de mosque te que saraiva, am so bre os bateis. a noss a p: nte se honvc cm luclo com tanta cliligenci ::. _ :JntYura, qu e cm meno. de· t1·cz horas a i ·ançúmos completa vic lol'i a. Os vinle e dous ,rnsios , que os nP:so · foram busca r ás bar– bas cio inimi vo. fol'am rcliraclos ·om ma io1· da1nnu dcll c que nosso. com– quanto fosse mui vantajosa a po,i çüo elo· co ntr,u·ios, e niio cons lassc a nossa frota de mais de oito navios g rossos e qu a tl'O h jat s . Como tivcss m ass im retirado os navios podug uezes, porfiaram os nossos pol' se a longar ela eosla e se pôr fóra elo alcance ela arlilhe l'i a inimi ga . mas s uccecle u encalharem cm· um banco a a lmiran la e o Gcldl'ia · este safou-s e ú noite mas a a lmi nin la ficou encalhada. Da ci dade c lodo os fortes fiz e ram Yirn fogo <:onlra a a lmi– ranta, e assim a Yarejaram as balas íJUe jú não parec ia navio. Ao oul ,·o dia 0 almirante passou-se ao navio Gelrll'i.1 , e fez que cs le e os ma is navi os /!.'l'O •. os se aproximassem oulra vez, or lcnando- lhcs qne a li ras s m se m ec •ai· para o eITeito de as.- im di\'C'rtircm alg'llltl tanto a: balas inimi g-as elo :c• u navio. pois não havia cllc pc1·didu ai nda a cs prrança de o sah ·M . Em se apro– ximando os nossos navios, co m PÇO ll uma furio:a canhonacla, que não d( ixani. ver nem ou\ iJ\ oll'enclí'núo-,;e braxamcnlc os ·onlenclorc• s el e pa l'lc a pal'l : só o navio Geld l' ia rPccbc•u a lg un s sc•s,; •n la li rns .• · ·s tr cn li·C'lan lo \ a l('!'nm-s~ os nossos de lodos os meios parn sat'a r a n:'t0 a lmil'anta. mas fomm linlclacla s tvJas a uilig<·neias, poi s sohn•,ciu a njnn c lura da ma1·c'• rnsanl . 1)man lc aqurllc temeroso foo•o, ou fosi;p pur 11Pgoli g·c nc ia e l'nlla dc cautcll a, ou por outra <;ausa, sa ltou aos arrs o ()rau11ie-Bon,11 de Enc hui jsc n eom a lguns ses– senta e cinco homens, doze ou quatorze dos qunc-s fornm reeolhi clo . mas hor– rorosamente offcndidos da s ehamnrns . O Et lmirante, hawnclo ag-ora que era

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0