História, ou, Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes
124 a pres tou o navi o Gouâe Leeuwe (Leão de ouro), duzentos e cincoenla fas tos, duas peças de bronze e vinte e seis de ferr o, cento e dezenove marinheiros, e setenta e um soldados, capitão I-Ienclri ck Bcs t ; o hyatc Vos , setenta las tos, dezesseis colubrinas, oitenta homens, capitão J an de Braem. Compunha- se pois es ta frota de noYe naYi os rrrossos e cinco hyatcs , o qu e não er a uma grande força nantl para por s i só pôr em cffcito a empr eza a que parti cular – mente fo i mandada , mas junta com a do gener al Boudcwi jn Hcndricksz., que andava no ma r , seri a cm .es tado de poder fazer rosto a toda a armada de llespanh a. O hyatc \ 'o fo i mandado di ante a 11 de Abril para procurar a armada do general, e ayisal-o como es t'oulra seguiri a br evemente. Far emos pri– meiro breve r elação da viagem des te hyatc. O mez de Abril estava quas i findo pr imeiro que o Vo s, pelos tempos conlTarios, transpuzesse o canal ; po– rem depois foyc tal avanço, que, sendo a 27 de Abril a inda junto do ,cabo Li sard, a 28 de :\faio hayi a vi s ta da ilha Domini ca, uma das Car aibas . Como re in avam enferm idades entre a tripol ação, o capitão ~cu fundo cm elita ilha para haver r efrescos <los se lvagens, como houve no primeiro dia , a inda qu e poucos ; mas no segundo <lia most rar am cll cs sua mú indole, ferindo tr ez dos nossos homens , e maior damno houver am fe ito, si a nossa gente não desse s obre ell rs com os se us mosquetes. A 30, passando por Guadalupe, o capi– tão veio á falia com dous navios francezes, que cm Matinino e Santa Luzi a perderam alguns vinte homens , sorprendiclos e mortos pelos selvagens; si1·va is to de escarmento para que tra tem com muito resguardo essa cana– lha seh-agem e má, e não saiam em terra senão bem armados, e sendo em terra, a nelem ele sobre-aviso. P assou depoi s o capitão por Nieves e S. Chri s– tovão , e na altura des ta ilha soube por um pirata franccz que o gener al es ti – vera , dou · mezes a traz~na ilha ele S. Vicente, o que não er a verdade. A 2 de Jun ho chegou ú ba nda meridional da ilha de Santa Cr uz , mas , por r es– peilo dos pareeis e penhascos, que demoram ao longo de toda es ta par te de d ita ilha, não pôde achar porto a lgum. Daqui foi ter a Saona, e não cnco n– tl'anclo ncs la ilha nenhum signal da fro ta, nem agua, de que a ndava neces– sitado , mui pcnosamcn lc a ndou a bordejar para traz cm demanda de Mona. Esteve no r ema te occidental ele Porto Rico , onde houve uma pouca d'agua , bem como cm ~lona, e resolveu atravessar parn a terra fi rme a ver si colhia alguma noti cia da fro la . A 19 ele Jun ho partio d Mona. A 23 aYis lou a ilha das AYcs, e deu as velas para a terra fi rme, e ai nda à tardinha deste mesmo dia fo i perto dell a, obra de sei s ou sete lcguas ao oeste de Caraeas, onde avis– tou terras mui altas e talhadas a pique, e montes cujos picos atravessavam as nun• ns. Trabalhou por deita r camin ho para les te bor lejando; mandou á tena uma chalupa bem a rmada ; os s us tripolantcs encon traram um rio , por onde entraram um lJ ·Jaçu, e vü·am que ellc tem de largo na hocca bem um tiro de coluhrina ; demora cousa de seis leguas ao oes te de Caracas. A 25 era o capitão ú car ã de Car acas; avi s lou seis nav ios, que cs lavam surtos ao abri 0 ·0 do fo rte. Como cahio cm calmaria, se vio obrigado a da r fundo cm cincocnta braças, que si o não fiz era, seri a impcllido até ao alcance da
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