História, ou, Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes

102 ficavam mais clcs fallccidos dcll cs, e por isso ao outro dia o general teve ele acudir com proYidcn cia. para que o inimi go não lhe fiz esse por mar alg um damno. Entendendo então que suas fo r as eram mui diminutas para entrar o castcllo à Yiva for a, 1anio mai s quanto não apparcc ia o naYi o Enchhiiyscn, que continha soldados e muitas mu ni ções de g ucna, e que com a perda de ta ntos bateis o inimi o-o disp unha agora ele pequenas embarcações, com que cl'ora cm van tc mui difficil seria impedir que da ilha leva sem provisões ao cas tcll o, e cmfim que os governadores IIcspanhocs das praças vizi nh as po– riam todo o seu cuidado em acud ir aos s itiados, ao passo que cllc não podia e pcrar soccorros da Republica senão muito tarde, quando entretanto sof– friam as s uas tTopas perdas cliarias , parece u-lhe prud cn te mudar ele propo– sito cm tempo, e a bandonar a praça, cm quanto o podia fazei· com honra e sem perda · co nsideravcis. Quando ve io pois ao dia 19, ma ndou embarcar a lgumas faz endas , e pal'li c ularmcnle duas peças ele bronze tomadas ao ini– migo . A 21 mandou uma carta ao gover nador elo cas lcllo, cm qu e lh e pcrgun– fa.va s i quer ia r •sga lar a e;idad0, e li vrai-a de compl e ta ruína , ao que 1·espon– clcu ell c que «havia na ilha pedras e madeira bastante para rccdifl cal-a, e que fazia tenção ele haver ba1·a [o a nossa frota.» .Neste dia foi embarcado tudo o mais , de modo que só a tropa ficou cm terra, a qual a 22 abalou cm boa ordem para se r ecolher aos naYios como se r ecolheu depois ele have r pos to fogo a: todos os a ngulos da cidade . .Ao seguinte clia queimaram os I a.vios elo inimi go, que cs laYam Yarados na praia. Ao parlirc•m da cidade, 1üo lh es fez o inimi go empecilh o algum, comquanlo a par lida ti\ e ·se lugar dia claro; mas, tanto que os Hcspa hocs tornaram a cll a , levantaram uma ba tcl'i a na ponta da ci– dade, e a 24 começaram a jogar o canhão co ntra os nossos navios, faz endo ncllcs alo-um es trago, o que for çou os nossos a levar em os seus navios á toa um pcdaç;o. i!fas ao seguinte di a o inimi go assentou a s ua artilh cri a cm ou tro si ti o, e for ou os nossos a levarem mais pam doante os navios . A 2U entrou um naYio hcs panhol , e deu fundo no a bri o-o da arli lh cria inimi ga, pelo que os nossos não potlcram il' bu scai-o. Ao outro dia o general ma ndou qu e os pilo los fossem sondm· e bali sar a bana r. is to fci to, ncou ludo prestes para a partida; o Ycn Lo porém o não servio, e deteve a armada no porto. Para neste entretan to trazer a sua gcnlc occupada, o general fez uma en trada no lado oppo ·lo ao da cidatl0, mas não cn nti·o u ningucm. Na nlracla de No– ,cmbl'O era o Ycn[o lr'•stc, e ao me io-dia susudcs tc, y nlo frito, de sod c que o general fez o signal de leYat· a ncoras e dar ú yela . A yicc-almiranta, que ia na frcnt0. encalhou ; o gener al ord nou que os navio alugados sahi sscm. Ao ou– tro dia. como foi posla a nado a vicc-almirnnta, toda a armada, depois do meio– dia d0n ú \"Ola com v0nlo I slc quas i ponteiro, e sa hi o com excepçii.o do na– Yio Jlelienúlic/1, que veio a encalhar. Todos os navio. cs [a ,·am tão mallrala– dos do canhão inimio-o, que, sendo ao mar,mctlcram o leme a so tan~nto para tomar as aguas, e reparar os mas tros, v 1·gas e cnxar ias; o navio do general r ecebera treze tiro·, jê't debaixo d'agua, já ao lume dclla, um dos quacs lho lcvára onze pés da prccinta, e não foi pequeno o trabalho , que teve, para tapar

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