História, ou, Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes
100 outra por um canal , onde havia um fort e r cducto para guardar a ponte, que dá passao-cm ela ilha pequena para. a gr ande; o general, quer endo assenho– r ear-s e da ponte e do r educto , e tolh er a passagem deste lado, mandou para hi duas companhi as. Estas companhias encontraram o r cducto e a ponte aban– donados dos Hcspanhoes, e no r cducto quatro peças ; des fiz eram parte da ponte, e occupados o r educto e o passo com alg uns soldados, de modo que o inimigo não podcsse passar do outro lado senão por agua; voltaram it cidade ao outro dia. Foi pelo lugar, de que acabamos de fall ar, que penetrou o conde de Cumbcrland , quando tomou es ta praça de Porto-Rico. O general entendeu com·eni cfft e cercar o castcll o grande ele um lado por terra e do outro por agua para o c/Teito de impedir por meio cios seus bateis, tanto quanto fosse poss ível, a passagem por ag ua, pois soube por a lg uns prisioneiros que havia no castell o poucas provi sões de bocca e de guerra. Ao romper elo dia os nos– sos tin ham levantado uma ba teria com seis peças, bem como uma comprida trincheira tran sversal defendida com guardas . Enlraram pois a alirar con– tra o castcllo, foo-o que fo i concsponclic.l o por es te. O general mandou 1am– bem occu par uma torre, que havia cm uma ilha sila ao oes te el a entrada el o por lo, a qnal tone guardaYa a bocca cio rio Bayamon, onde não se pod ia en– trar nem delle sahir durante o dia. Vio ao mar uma vela estrangeira, que pretendia entrar, mas, entendendo qu e havia peri go, ficou ele fóra; o genera l mandou sahir J an J as per sz ele Laet, capitão cio Gaulle Sonnc, com o hya lc Wcsl-cappel, assim para dar caça a elita vela , como par a impedir que ·por mar levassem provisões ao cas tcll o. A 29 fez-se vivo fogo contra o castcllo, e man– dou o general abrir aprochcs afim ele acercar-se dcll c, sendo commetticla a obra ao captião Th ycnc. Ao outro dia, mandou requ crrr a en1Tcga elo castell o, ao que o gov ·nador deu uma respo ·la r id ícu la. Em vi s ta di sto começaram a abrir os api-oches, fez-se uma trin cheira. direita ele ob rn de duzentos e qua– renta passos, e depois uma transversal ele a lguns cento e dez, ainda que n:to hav ia gente para ruameccr tão grandes obras; as duas ultimas foram guar– dadas pelo cap itão J ean S tapclc com s ua companhia. No 1° de Outubro o ge– neral poz a carO'o ele yarios commi ssarios os yivcrcs e as nrnniçõcs. Ao outro dia ainda trabalharam os nossos assús nos aproc hcs. Por traz cio castello e preso a clle es lava um barco, protegido pela s ua ar lilh cri a, os nossos cora– josamente o foram buscar cm bateis, e isto nzcram sem perda ele gente ; s us– peitaram porem que este barco mcttêra provisões no cas tell o. O capitão Sta– pelc, que, como fica a-traz, guardava as trincheiras tendo comsigo somente trinta e seis homens vá li dos e capazes de fazer o serviço, foi accommettido ele imJH'OYiso pelo inimigo, que vic1·a pela praia, e ai nda qu e este foi r echaçado, toda,·ia morreram seis cios nosso e foram feridos sete, cios quars depois mol'rcram !rez ; isto aconteceu a 4. de Outubro. E como uma desgraça ral'n.s vez , m d' · eompan hada, succ d u mais que o capitão ele Nieuw-Xeclc1·– landt, tendo sido encarregado de leYar virnrcs, uma hora antc9 elo rom– per do dia, ao foi-tim junto el a ponte, cm uma chalupa bem provida ele pedreiros e mosquetes, hou ve-se com tan to desc uido , por es tar ebl'io, que o inimigo cm uma cnnôa o sorpre henclcu, e ma tou todos os seus homens,
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0