História, ou, Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes
96 a praia acrras g rossas. Havia à margem desta lagóa um pequeno povoado, onde tinham os PorLuguezes uma capell a . O capitão Stapcls scguio para lá com uma escolta, e não encontrou os Portuo-u ezes . pois haYiam fu gido, mas os indi o-cnas, que se deixaram fi car e o trataram mui amigavelmente; encon– trou tambcm em uma casa trinta caixas de ass ucar. Em os dous dias seguin– tes levantou-se uma trinc hei ra cm terra, e no tcrcei1·0 ba rracas para os doen– tes. Os indigcnas, que moravam nas terras adjacentes, vieram ícr com os nossos, e lhes offc rcce ram seus servi ços contra os Portuguezes, cujo jugo suportarnm mal so/Tridos. A ~,j o capitão Bos hnyscn teve ordem de fazer uma entrada no sertão com sessenta soldados e a lguns ma rinh eiros, cm pro– cura de refrescos para os elocn[cs , sendo-lh e muito cnc9mmcnelado que não o/Tendesse os indi gcnas, nossos amigos . Este capitão tornou a 1!), trazendo uma Pol'lugueza, quatro cavall os , e cousa de cem laranj as; vira muitos an i– maes, mas, por es tarem mui lo internados , não os pódc trazer. Ao outTo dia foram dcs mbarcados todos os clocnlcs. Na enlrada el e Julho o capilão Swart foi mandado com ce nto e cin coe nla soldados. e o Yi cc-almi ranLe J a n Yan Dijckc com i 00 ual num C'ro de marinheiros a uma cxcursüo cm dez balcis e esquifes , acompanhados de cin cocnta indi gcnas armados ele arcos e se la s . Esta gente ,·oltou a 4 com quatro a nimacs mor[os e a lguns cocos; haviam encontrado junto do 1·io )farnangnapc irez ba nd eiras ele Portuguezes, e não se portou muito bem nes ta occasião o capitão Swart. pois se não foram os outros oillciaes, que se houvcrn m melhor, e não ncudira o vice-almira nte, a nossa gente hotl\"cra recebido 0 ·randc clarnno . TiYcrtim os nossos trez mortos e alguns f ridos, mas lc,·aram à melhor e puzcram o: Pol'Luguezcs cm fu gilla. Os in digcnas 1 ~omaram uma elas ba ndeiras elcll cs, a qual fizeram immediata– mcnlc cm pedaços . A .j o capílão Boshuyscn fo i ele novo mandado com doze bGtcis e esquifes, m que iam cento e sessen ta so ldados, uma por ão de marinh eiros e indi gc– nas , ao dilo 1·io par~ remo nta i-o um pouco mai.- . Voltou a 8, tendo subido o 1·io )Iamann-uapc, sco-u ndo seu calcu lo. a lgumas se te ou oito leguas; encon– trúra a lg umas casas de Porluguczcs mas nüo vira gente, a não ser talvez para o fim do rio, conforme sua s uppos ição, urna pa rlida de Portuguezcs, que , notando que a nossa gente desembarca\'ª, se poz em salvo, sem ousar esperar o inimi go. abandona ndo a sua ba, 0 ·a,,.cm. DPs la entrada trouxeram dczcselc rcz . Ao outro dia pela manhii o capi t;'.ío S ta p Is tornon a s ubi r o mesmo rio com lozc bateis, voltando es tes trcz dias depois com se le rezes; quanto ao capitão Yeio por terra com sua gen te, e chegou a 13 no quarte l, sem ter encontrado inimi o-os . A 1!J o capitão Yzecl com uma partida ele soldados e indi g-c na s fez uma ntrada. cami nh o do Hio G1·andc; c n on lrou nm eno-cnho c<im al g uma. trr•z nlas caixas de nss ucar, e mui numeroso gado , mas não pôde [razC'r r s f,, lll'm at-iucllas . por te i' de faz er um lon8;o cam inho por rnattas has tas , bem como durante duas ou trcz horas por agua. Chegou ao quartel a :'J sem traz r cous·1 a) ú• uma, sah·o os indí genas que trouxeram limões para os docnl s . Entrou agol'a cm dclibera9ão um negocio 0 Tavc-o que cumpria fazer
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