MARANHÃO, Haroldo. Flauta de bambu. Rio de Janeiro: MOBRAL, 1982. 64 p.

longo manequim coberto de pura, docíssima epiderme : mas de qualquer cousa atrás do gesto, misturada no hálito, na projeção do olhar, na sombra de cada passo, no clima que a capturava - em seu brando passeio vegetal, - de áivore jovem. Havia alguma cousa de vôo, de nuvem, de sopro e de aroma no fremente recheio, que ia fendendo o ar, preenchendo o espaço de pasmo. Pasmo, espasmo, alumbramento. Paravam todos. Era um calmo trajeto de galera - galera de mares antigos. 10

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