Femea
' 'PAGINA 102 ANTONIO TAVERNARD notas, por toda a escala, por toda a gamma a vi-mu– sical, eles o brando queixume . do sabiá dolente, passando pelo precipitado da colleir.a bohe,mia e pela singularidade avantesmal do acauan, até a perfeição imitativa do japin; um callto que era a conjuncção orchestral de violino, cavaquinho, pan– deiro, gai.ta e chocalho; um canto lento e encachoei· ' rado, triste e alacre, soluço e risadá, surdina e crescendo, cantochão e cavatina; um canto quasi irreal,' quasi incrivel; um canto feito com o _canto de todos os passaros; o canto que deve cantar a «'Pombinha do Di':ino»; o Cantico dos Canticos da naturêza; o canto do uyrapurú. · Meu corpo não se genufl.exou a!1te tanta bellê· za, mas minha alma ajoelhou. · · Depois atiramo-nos á «extracção>>. As serin– gueiras do nosso «córte» estavam exhaustas, e o . leite que manava da sua cerne cansada lembrava o que pinga das mamas magras de uma retirante tysica. Quantas machadinhas antes das úossas já não haviam golpeado as pobres arvores, atabalhoa– da, barbaramente, sem methodo, 1iem ordem, nem previsão? A quantos antes oe nós já não tinham dado o seu sangue branco, generôso e bom? Poris– so, os arbustos-coitado;:,!-não podiam dar mais do quB nos deram · pouca cousa, uma miseria ..• Tentei a lavoura. Mas qual, meus senhôres ! Esta gleba selvagem, evolutiva ainda, emmara· nhando, no ar, uma rarnalhagem cerrada, -tecendo, no sub-solo, um labyrintho de raizes, excessiva· mea te fecunda, parece não perrn itti1· nem roçado nem plantio. O leão não quer que lhe penteiem a juba. De pygmeus, o unico que adrnitte sobre si é o. homem.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0