Femea
· PAGINA 101 FEMEA dia com os latêjos do meu sangue são girando por arterias líq1pas sol;> musculos de aço . Se ella pos– suia por· si o fylysterio, eu tinha a Intelligeneia. Os; botes do Pavôr, aparava-os com os golpes do Ra– ciocinio . Elia urrava, barria, bramia e clangorava;, eu pensava. Se o esturro do Desconhecido apu– nhala e é abysmo e catapulta, o pensamento do . sensato abroquéla e é cairel e muralha. Elia tenta– va· expulsar-me; eu queria ficar. E, quando um Homem quer, só Deus diz que não. A menor das hecatombes aceumuladas em seu ádyto giganteo esmagar-me-ia. No e,ntanto, não me lançou nenhuma. Porque'? Porque advinhava a minha immunidade de crente. A Fé cerca aos que a experimentam de uma aura magica que até .as cóusas enxergam, respeitam e temem. E assim duellamos a noite inteira, no mais decisivo dos comba tes, manejando armas impalpaveis. mas de gumes acerados. até que a Inimiga bateu em reti– radá, toda confusa da derrota, vingando-se, como esses vencidos covardes que de longe apedrejam os tdumphadores, em lançar-me, sob.re a pelle, en– xames azoi'nantes de carapanãs. ' Afinal, chegou a madrugada, qepois, o sol, depois, o c;lia ... E a matta illuminou-se... e Q rio il1u1ninou-se... e a _minha alma sertanêja, amant~ d o clarão ·e do calôr, illuminou ·se tambem. E já lamentava eu nifo existir por alli, para saudar a marihã, uma graúna faceira, quando, do a lto de um jauary, desceu um canto como nunca ouvi nem do bordão da viola mais cantadeira. do meu rin– cão, u.m canto que gor,geava, trinava, gargalhava e carpia; um .canto que saltitava, numa orgia.de
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