Femea

PAGINA 87 FEMEA carapa11ã, 'alli, no abraço mendaz do tamaüduá– bandeirn, acolá, no collar negr() ela sucurijú, mais adiante, nas garras afiadas da «pintada,,) morando, ora no fundo do um charco de agoas míp.smaticas, ora na pôlpa en vene·nada de um frueto appetitôso ... · E só então philosopha ·se sobre o poder illimi · tado ela ambição que arrasta a humanos para o seio dessa leiva chaótic8, hurnida ainda do domi– nio das agoas, crivada ele lagunas, ignrapés, furos, igapós, rios, cachoeiras, de fauna e flóra exoti– cissimas, acenand,1-lhes com a chiméra fallaz da kévea lucrativa em cuja extracção, os allucinados que a pr·ocu1·am, encontram noventa e nóve proba– liclades de derrota contra uma de êxito. Màs, Chico Bento, apparentemer)te analgico, nada via ou ouvia, acostumado ha muito ao espe– étaculo. Pensava : .. pensay'a ... Em que? ~a vin– gança. Nesse pedaço de terra, onde tudo é formi, davel, o odio dos seus .habitantes é formidavel tambenL Cresce proporcional ao meio, e, se alguma vêz se desencadeia, só ern;ontt'a símile natural na pororoca que tudo arrasta, derrnba, çlestróe, ao passar. Nada o barreira na sua marcha, no seu impulso de catnpult~ até attíngir o ai vo e anniqui– lal-o. E, principalmente, o odio vor mulher.. . , Nessa região, oncte a femea escasseia, uma mulher é mais que tudo. Compram-na. dispu– tam-na, matam-se para obtel-a, parf\ ganhai-a. Quancto a alcançam, escondem-na, avaros e aler · tas, dispostos a tudo para defencter o seu the– souro contra o qual sab.em voltadas as attenções e · a cobiça d~ todos os co'mpanheiro:;; menos felizes. , Porisso, rio recesso da floresta para onde a levam 1 não se des,cuidam 1 ·f,em'pre vigilantes. •

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