Femea

PÀGlNA 74 ANTONIO TAVERNARD qmzera, que rrra delle, da sua confissão' trê1pula' e medrosa, dos seus projectos, do seu amôr... Era" preciso mudar-se, pois. E mudou -se. Entrouxou os «pissuidos», fechou o rnnchinho onde sonhára com tanta felicidade, mandou, num olhar, uma ulti: ma despedida á casa em que ella morava, e partiu. Correu os «Brasis», trabalhando muito, incnn– savelmeute, sem saber pem para que , talvez para:· - esquecei-a ou para apasiguar a saudade q1,1e o ' maltratava. Nunca mais tocou vióla, porqlfe esta, assim que lhe rascava oR machêtes, só sabh, falar ' della,' só deUa, sempre della. Muitos annos vieram e pass-aram, muitos.. . Da enorme paineira do tem· po, flócos aivos de paina,cahiram, aqui e alli, sobre a sua cabêça. Verificou-o ao ai.irar se num eepêlbo: E, nesse mesmo dia , reparou, tambem, que já não podia resistit a alguma cousa que, dentro da sua · vontade, o puxava para a villazinha singela, onde ficára, em escombros, o seu unico castello de illusão. Era preciso voltar, pois . E voltou. Quando entrou na villa, o so-1 espreguiçava se cansado e com somno, muito perto da rêde urucu -' sada do poente . O casario rnambembe, rnélancoli– sado pela suavidade opal,;rncente da hora e pela; emotividade que lhe emprestavam as pupillas do viajôr, não mudára . . Tudo na mesma. A sempi- · terna simplicidade. O contumaz Tamerrão. AJ)enas, a um lado do largo, n igrejinha tinha a pequena tôrre um pouco acurvada para a frente. Velhice. .. Desmontou dcante da taberna do «Ceguêta ». Entrou. E, ao perguntal' pelo antigo dono, desfez-se– lbe a dôce impressão de quel alli nada se tansfol'– mara , tudo ficára t_alqualmente trinta annos atraz .

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