Femea
P AGINA 67 ' FE M EA I Tristíssima ess a oração e.m que, com cer teza , al– guem estava pedindo pela p ropria alm::i ! Úm ultimo l"lmem , e a or ação findou . E sse término, lhes trouxe, .de ~1ovo, o pa vôr sobre-hu– mano da morte. Não, elles nã-o queriam morrer . O que haviam !flito, que enorme maldade comni et· tara m par a sem tão barbaramente justiçados? Não, elles não queriam morrer. - Cinco horas. · - Jámais urn dobre de fürn.dos repercutiu tão dolorosamente em corações hurnanos. P a recia que o écho das cinco pancadas 'ficára no ar, vibrante, parado, interminavel .. . Só faltava meia .. hora. Como a avezinha hypnoti sad a que se não pode desviar da s pupillas d a serpen te magnética, os chimicos não tirava1ú as suas da pistola alli – víadôra. . ' Mais um quar to de hora . . . mais ou tro . . . ·e a meia-hora depois das ci nco tilin tou . Er a o . .fim. ' Num gest0 accorde e harmonico, os tres aprn- ximaram-se do centro . . . · 8ubito, do interiôr el a casa , u m parulho de P?Ssos apr essados, e, logo depois, «tia,> Faustina , os olhos inchados de quem des pertóu h a p0uco, desf'eita ém pranto, en trou na sala, portando, nas mãos ti·ementes, o corpo _rígido do seu querido papagaio . - Vêj a, patrãozinho, vêja o que tên1 o «Jou– jou» !' Ful-o encontrar, duro, pendurado pela pa– tazinha á corrente do pqlei ro. . .. Veja se elle está môrto ! Um choque electrico de cinco mil voltas não faria extremecer tão fortemente um organismo
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