Femea

P A&JNA 65 - Sim,- pensava cada um , de si para si - não terei l)iedade. Um d estes dois vae fi car furi ôso. E smagal-o-ei como a um cão danado. E, no ins tincto de conservação, o mais forte de todos os ins tinctos , voltea vam os olhos de um para oufro a procura de um signal que lhes · indi· cas se qual· o. marcado p~la fatalictade, porque, no egoísmo bes tial dos q u.e se quer em salvar a custa de tudo, elles, que , ainda ha pouco, eram amigos fraternos, desejavam, queriam que fôsse qualquer dos outros o attingido. ' • Talvez, aguilhoado pela fome, ou lamen tando, talvez', o companheiro môrto, o símio sobreviven– t~ pôz-se a cortar o silencio turnulàr da .sala com os seus gr..itos •finos e estrirl.entes. Para d entro da casa) reinava o socêgo, pois os empregados se ha– viam recolhido. Lá de fór a , da rua, apenas . de quando . em quando, ·o buzinar ag udo · de algum automovel retardado, subia até o theatro , onde o drama espantôso se desenrolava horripilante e dantêsco. No c~o , at'ravéz das janellas aberta S', a lúa, pouco acima do fus te de uma palmeira, pare– cia uma grande hosti a pallida sahrdo de um cali·ce verde pa ra a communhão d e tod as !ls estrellas . Mas~ os extaticos actôr es da inesperada tragédia nada viam·, nada ouviam, parecendo já do outro' lado da vida. ' · E as horas passavam . ·. . · . O n;iacaco, exh austo de gritar, adormecêra ; encolhido num canto d a caixa. , . Aproximava-se o amanhecêr . A cidade - mas– todonte desp ertando de um somno profundo -bo– cejava, ~urdamente . pelos primeiros n:iiélos ela acti- vklade matinal. · . . .,

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