Femea
PAGINA 64, na do en torpecimento qU'aai fakirico em que esta– va immersa. -Nenhum antidoto'? :_ repetiram Alfrôdo e Lui z com a ansiedade dos r éos que esperam, trans– tornados, sentença do juiz. Paulo, que, nesse momento, estava sendo o juiz de si proprio tambom, sacudi u a cabeça, ne– gativamente, de um lado para outro, e., uuma descarga hysterica, começou a soluçar. A sentença fôra profericla : n r. mhum antidoto, nemhum r eme– dio, nada. Ai do que trincára o pomo intoxicado!... De nôvo , o silencio amortalhou o ambiente· com a s ua capa de chumbo. Na remembrança dos infelizes, as scenas do passado, uma a uma, cir andaram, rapidas o fuga· ces como urna vizão de é thel': a infancia, a fami– li a, a juventude, os amôres, a virilidacl e, os proje– ctos. os trabalhos, tudo. Os ponteiros, no quadrante branco do relogio, como dois bisturis nêgl'o, eontinaavam, in fatiga– velmente, a di ssecar as horas. Parecia cantar, incisiva ainda, a phrase de Almeida: · -Vocês já viram alg uem mo1·1·er de raiva·? Pois bem ! O meu veneuo produz essa mesma mor – te procedid a dos mesmos soffrimentos e da habi– tu al loucura furio sa. A mesma morte de um hJ drophobo ~ Mas isso era uma cousa 'hol'rivcl demais. E ainda a de· meneia allucinacla em que· a victima procuraria agatanhar, morder os antagonistas?. , . Instinctivamente, as mãos procuravam um a arma que os defendesse do que ia enlouquecer.
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