Femea
PAGIN'A 60 ANTONJO T A!YERNAHD arrumar, começou a pôr em ordem os frascos, os cadinhos, as pinças, os tubos, emfim, uma infini:– dade de objoctos , espanando aqui, brunindo acolá. Na lufa-lufa de aceio, encontroa a cerôja esquecida sobre um prato de cobre. Guardou-a no bolso do avental azul. Empós, dada a ultima demão, cir– cumvagou o olhàr perscrutadôr por todos os re. cantos, como um general exigente ao passar em revista · a sua tropa, e, achando tudo mais ou me– nos apresentavel, sahiu do aposento, r eatraves:. sanda a sala de jantar, onde, sem presentir a enor– midade do seu gesto, tão simpl es na apparancia, collocou o pomo venenôso no lnt(f 9l de mistúra com os outros que lá estavam contrastando as suas vivas côres de lacr~ da azul ada Sevres. Findára o jantat . O jovial Luiz, levantando a taça de cliampagne, brindou, folgazão : -Almeida, bêbo em regosij o da importantis– sima descoberta que vens de fazer. Porem, com maior sinceridade ainda, saúdo as tuas magnificas cerêjas quasi completamente devoradas pelas nos– sas bôccas gulosas. Alfrêdo e Paulo riram do discurso cômico do outro. Alfrêdo Bastos e Luiz de Alcantara, amigos insepara veis de Paulo desde os bancos universata– rios, ch imicos tambem do gl'ande.i10meada , apezar . de pilheriarem rlo afan laboriôso do emb1·enhado na toxicologia, bem que conheciam o seu valôr profission~l, e, porisso, quando, nesse dia, elle lhes annun ciára o seu in vento, não se espan ta– ram, senti11do se felizes pe1a victoria do amigo: Este, r adiante, ~nfiou o braço nos dois, arrastan-
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