Femea
PAGlNA 59 FEMEA dando-lhes ordens sêccas e imperiosas , ordens essas cumpridas com r el igiosa attenção. Não se extraviava um palito sem que ella nota sse. E, qu:;indo• apanhava em falta algum dos creados, pa,recia vir o céo abaixo tal a tempestade de ra– lhes e descompustura g rossos . Nossas occasiões de tormenta, até o proprio Almeida respeitava-a um pouco , talvez por pensar que só muito diffi– cilmente encontrnria outra tão dedicada e que o tratasse com tanto carinho, embora disfarçado em máo hun'lô1· , No fundo, «tia » Faustina era optima creaturn com duas g randes affeições : o seu pa– t1·ãozinho, como ella o chamava, apozar deli e ser quasi da sua idade, e o «Joujou», um velho papa– gaio palradôr que, segundo Luiz,- u1n amigo intimo de Paulo-devia ter o mesmo numorn de invernos que a· dona. Esta, nesse dia , ~estava com os seus azeites », espanadôr em punho, teimando em pro· curar poeira e manchas por Ioda parte: Ao ouvir a recommencl ação do chimico, poz-se a resmun– gar. ,«que aquillo era uma cousa muito malfeita, que quem quizesse dar l>anquôtes todos os dias procurasse espôsa, pois esta é que devia atu– ral·o e mais os seus· convivas», etc, etc. Assim mminanclo as rabug ices de semp1·e, passou pela porta do laboratorio, a qual, pela primeirfl vêz, no atabalhoamento da alegria e da sahida apres· sada, Paulo se esquecêra de fechar a chave. ' -Ora até que emfim encontro esta porta aber– ta - murmurou a vel ha, entl'a ndo ·naquelle recinto até então defczo aos seus cuidados-flanta Bar– bara , que desordem por aqui a dentro! Nem loja de ferro-velho, . Isto dizendo, no seu vicio incorriglvel de tudo
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