Femea

UMA NOITE TR.A.GICA _ ....._ ____ / Ao Benediclo Amorim Um ultimo estertôr .. . uma derradeira con· vulsão . .. e o corpo do a.njmal ficou immovel, en– rij ecido, môrto. Paulo de Almeida tocou-o com a ponta q.o es · tylête. A pelle escura e tensa não cedeu. --Está acabado-murmur ou entre dentes, o rosto illuminado por um sorriso de orgulho. Na grande sala trnnsformada em laboratorio, a luz do sol entrava em jorros pelas janellas aber– tas, pondo manchas louras no tapête, arrancando reverberos das retortas de vidro. Olhou, ma is uma vez, o cadarverz inho do si-· mio estirado den tro da gaiola de téla, onde outro mácaco arregaláva os olhitos travêssos, espantado P,ela immobilidade incommum do companheiro. Para o homem, aquillo era mais que a concretiza– ção de um ideal acarinhado ha muito com uns desvello e tenacidade de espantar. Ern alguma cousa mais sublime atraz da qual a humanidade corre, atra vez dos seculos, poucas Yézes alcançan– do-a, muitas r ecuand.o, esmagada-a Gloria. Des– de que encetá ra os sous estudos de toxicologia, planejára descobrir um veneno violento, infa lli– vel, inegualavel , contra o qual todos os antídotos fossem impotentes . . E pesquisára . ... e pesquisá-

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