Femea

PAGINA 54 ANTONIO 'fAVERNARD inicial para a crença do ella ser uma incomprehen– dida, uma calumniada, quando, broquelando-me no sobre-aviso, me deteve uma phrase sua. Findá– ra ella de dissertar sobre se o mys.ticismo de. Sarita Thereza seria uma consequencia natural do ' seu Jervôr religioso, ou '.méro producto mórbido de , uma orgailisação bysterica, e, como eu enveredasse, num desses frequentes' d,esvios de C'Onversação ani· mada, pela analyse dos personagens de um dos ul- • timos romances de Saússay, <<A Morphina>), admi : randD a terrível actuação desta droga que mascára a sua acção deletéria e arrninadôra na alegria espiti · tual emanante de visões e· clevanéios deleitosos; corl.ou- me a peroração, abruptamente, com natura· Iiélade espantosa : . . ·-Qual l nrnu amigo. Isso de devaneios, visões, e ~iragens, etc. entrevistas sob os estupefaccientes não passa de friole1ras exaggeradas, ·até o absurào, pela phantasia dos viciosos. Tal asserciono porque eu propria, aqui como me vê, já leclei toda a esca– la dos narcoticos conhecidos, alfinetando me com a de Pravaz cheia, àe ether e morphina, mascando os fructos da coca, emboccando os canudilhos de ca– chimbos pejados ele opio e liamba, aspil'ando a fu– inaça do lauda no queimado, e o que senti? Não ' mais que um àlordoameoto, uma escurjdào visual, uma sensação de vácuo; um enrijamento de fibras, uma anqlgia completa, um somno profundo, pesado, sem sonhos, ele despertar desagradabilissimo, os sentidos embotados, uma re~cção organica violenta e doentia etu· tudo análoga á · de empós uma em– briagnêz alcoolica. Com;tih'.10 urna excepçào? Duvi· ~ do. Mas o certo é que o ser humano não encon· tra,. quanclo queira attingir emoções re<:J:uinta,\ias, .

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0