Femea
PAGINA 49 L<' EMEA ponja env inagrada . O destino dera-lhe a ernbda· guêz. Por compaixão, emfim? Não, por p erversi · dade r equintada, porque tornancio-o um bebado, offerecia-lhe o ui timo combate , gan hant-l he a cier · rade ira victoria em pervertendo, velipendiando a, a s u a dignidade, a dignidade que olle cloixára em trapos pelas quedns que dera na via-publica, pe– las vaias que r ecebêra do molocorio, pelas noites que passára no xadl'êz, p elas surras q u e apanhá– ra da mulher . Ping os g rossos de chuva começaram a cahir. Foi uma correria pela rua, um bater de j anel las e portões .. . Com a chuva, tombou a noite. A harpi a calárn -se. Uma vi s inha fra nqueou– lhe guai·ida. A'cceitou e r ecolheu-se com a ninha– d a. Não o chamaram. T ambem parn que ? Era um inutil, um trambôlho in co rnmodo, um tràste d es · necessario que se joga fóra, quando não presta mais. Jogavam- nofó ra , ou,o que 6 p eior, esqueciam· no'. Nin g uem o amava, ninguem. Entretanto, des– mentindo-o, a pellugem aspera do «Qua nc!ú»-o seu velho cão -- roçou -lh e as pernns corno sig – nificando quA o a bandono não fôra compl eto, pois elle estava all i, fiei ami go até o l'im. Essa l ealdade humilde e grand iosa tocou-o immensnmou te. E' nas grandes desgraças que a alma da ge nte at ti nge o fastígio da emo ção . Por isso foi que, pondo no gesto todo o cnrinho e tocta a gratidão o se u eu infeliz , curvou-se para afaga r o rafeiro. :Mas uma pontada forte apunhalou o no p eito , elo lact o cio co · ração. Sentiu, dentro em si, algunia cousa. rom· per-~e: aaneurisrna que a rrebc-mtára. E num rel an – ce, comprehendeu que ia acabar alli, na rua, sobre
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