Femea

FEME;A Aquellas lagrimas queimavam-lhe o coração . .. Aquelle olhar v·ara ,·a lhe a alma ... O devêr foi mais forte, venceu . Levou a esposà .para dentro da casa, beijan– do-lhe os c.abellos, enxugando-lhe as palpebras; explicando-lhe, cai'inhôso e convi11 cente, que o exercício da sua profissão estava acima de tudo, que, além disso, não havia perigo algum, pois 0 combate circumscrevera-se á zoníl de Nazareth, qne dentro de' meia horà estaria ele volta em paz e salvamento. Elia conformou·se, e.fi nal. E, quando o viu sahir, malêta em punho, enrolado num ca– pote, seguindQ a D. Mariairna, cahiu de joêlhos ante uma Virgem, implorando -lhe velasse pelo companheiro abnegado. · · Sob o effeito calmante do sedól, o doent~ ador– meceu, sereno, a respiração reanormalisada. O Dr . .Alvaro fechou a maleta, abotoou .o capote e disse á D. Marianna. · ·-o perigo passpu. Este somno durará até de manhã. Voltarei na hora do almoço. E , agora , ' dê -me licença. Preciso ir apasiguar a Leonor. Marianna acompanhou-o á porta, e, ahj, ao elle despedir-se simples e modesto, apertou-lhe a mão com a maior das gratidões: -Doutor, muito obrigada. · Elle sahiu. Na rua_ trevosa humedecida p or um chuvisco fino e gelado que começava .a rahir, nem viva alma. Ap~rtotfo passo. Ao virar o canto, uma voz grossa, interpellou-o: _:, Quem vem lá ? · E, logo empós, uma descarga cortou a escuri·

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