Femea

I OPRÊÇO DO DEVÊR A.o Nazareth de Sá ,O tiroteio durava ha já tres horas . E , desde a vespera, á noite, Belem se encolh ia, presag a e temerosa, sob o guante da revoluçüo. Agora, nesse ct·epuscular de . domingo em que um sól amarel– laço de julho cambava, vagarosa111ente, com uma _ lentidão de rito, para o occaso, o combate trávado entre as forças legalistas e r~beldes, esganrnn– <lo-se pelas ruas, pelas avenidas , pela s travessas,, pelos bêccos, encarniç>1clo, tris temente · h'ernico, entoava a sua symphonia sinistra, ora num preci– pitado secco de fusilaria, ora num p r ofundo sur– do de canhonheio. ,.. , Pelas esquinas, assustadiços e cu riosos, gru– pos formavam-se e desfaziam-se, céleres, assim que se estabelecia um hiato mais longo na metra– lhada ou quando, nos parallelepipedos do calça~ ment.o, barulhavam patas de ca vallo em carga. De ,Qocra em bocca, ligeiro como o pensamento deformado por cada um, o b,oato corria, voava, esgueirando-se pelos cer.ebros a den tro, brocando ate as calmas ·mais solidas, espantando, aterrori– sa.nçlo, multiplo, vái·io, demoníaco, aqui derruindo igrejas e monumentos, alli chacinan do milhares dos fieis, acolá esmagando as hordas insurrectas. E , por onde passava, deixava uma inquiet ação· e uu1 tt. pavô~ '·

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