Femea

l ' l PAGINA.' 34 Os dedos febris crisparam-se no cabo da faca. Sa– cou-ada bainha· en.couraçla. Brandiu-a no ar,masnão feriu. E' que, 1 de súbito, brotou-lhe na consciencia a certeza de quA elle não tiriha o direito' de fazer «aquillo,,, pois a ella fôrà dacla -a liberdade de es– côlha, pois que legitimamente podia rejeital-o. Baixou a arma, lentamente, depositando-a, com cuidado, sobi·e o seio ' cta · mulher. Levantou-se, pallid0, algidad<;'>. Entrou sob à 'tolda. Tirou o ba– husinho de folha, em quo guardava as suas eco · nornias e os seus tarécos. Pol-o no hombro. Ga· nhou a pontA. Achegou-se a outro barco que se emp;:ivesava, elegante, prompto a pútir. - ' Dissé: "'· -Malaqtiia, ocê me dá um-a passage té Belém? -De hom gôsto-responderam. Embarcou: · Poz o bahú sobre as pernas e apoiou . o queixo na mão. O Malaquias perguntou-lhe, curioso : -Deixaste a «Fulôii? - Deix~i. - E vaes prá donde? Estendeu o beiço, indicando qualquer lagar vago, ~ndeterminado, numa tristêza immensa : -Por ahi, o , mundo é grande ... Forte rajada de · vento, enfunando·lhe as . ve· las, atirou o barco para o largo. . · O piloto ageitou · o timão, e aquelle poz-se a déslisar, muito rapido, fugindo mais e mais do Mos– queiro, onde ficára alguem, por quem, na g argan– ta contrâhida .dp caboclo, morria, suffocado, um soluço, de rn agua infinLta ....

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