Femea
y . PAGINA 31 FEMEA E a raiva ·ficava quiéta, quasi morta, nQ fun– do d'alma. · · Mas, pensava tambem: -Talvez aquelle corpo cheirôso estivesse en~ tregando-se, todo derriços, á ~olupia de outro ho· mem. ' · · ' E a raiva vinha, célere, á superfície, num ri~ ctus de ·furor, numa imprecação ma _stigf:l.da : «Gal- lihha!. .. >H , , O devaneio é corno um pôldro selvagem:-uma vez solto, custa a ser domado. Foi o que se deu com o do Zeca. Desvencilhou -se das peias da vonta– de, e saltou a barreira do passad·o, desboccado, aos pinchos, em galope furiôso, indo até o domingo em que conhêcera a Mundica, nuo:i samba, em Porto– Al'thur, ficando logo enrabichado por ella; e atra– vessou a hesitação, o mêdo que sempre tivera de -lhe fazer uma 'proposta canalha, o desêj,o de. tor:.. nal-a só sua, a dúvida de ser preterido pelo Ana– cleto que--sabia·o-a queria com·a mesma_especie de -amor .que o seu; e escoceou os ímpetos .diffi– 'cílmente subjugados de matar o rival; e· ladeou, emfim , ·o presente, essa noite em que o outro cte– <Via estar zombando delle com ella 1Jos braços. · -Psio ! . · .. O chamado furou o silencio, macio como'um alfinête embebendo-se em creoe. -Psío ! Zeca... ~ Ernueu-se e o olhou. Um vulto de mulher, o· panno claro da blusa pondo uma mancha esl.>ran:- . quiçada na escuridão, desciª, 0autelôso, a escada da ponte a que o barco estava preso. Este, pu– ·xad9 pelo cábo de amarração, approximou-se. O
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