Femea
·~.A licção da faca - --"--=============----- '' Ao Armando Silva -Êta terrá favado ! Tá vendo, Zeca ?, - Tou . , E o vento, impetuôs~ e, tl'aquina, cabriolava, empinando, alli, o corar de um coqueiro enoriT)e, rolando, acolá, peh ribanceira, beJiscando de leve as ortigas e os tajás; ra1'tejava pela pr aia, penei; rando areia, _espantando os tralhô tos ariscos; gat~ gava a borda gro ssa das canôas , desarrumando pilhas de peixes postas a se0ca r , fosquinando o rosto tostado dos pescadores, marinhava· ma,Stro acima até a ban.doiróla . do tôpo , alçando, emfirri vôo ,largo, pela bahia afóra levado pela aza fugace das gaiv-otas ... -Êta ter\'á cherôso que nem a Mundica ! . . • De facto, o ven'to, vindo da terra, ,deixava um chefro, ele t~rra ao p assar. Um cheiro sadio e bom. O chei ro das mula tas paraenses, PQrque se enso– pou, na ~ua correria louca pelas mattas, em todos os perfumes ag rest~s, como um Anacrnonte irnpa l, pavel. E trouxe o cheiro quente da bauni lha, · o voluptuôso do CU1]1 at·ú, o suave rla japanã, o pi– cante da ori za, o languido do patchoulL .. A Mundica cheirava, ass im, tambem, poisam– bos - o vento e a mulher- eram filhos da terra . E ambos deixavam, nas bocr,as _que beij avam, o O PARÁ
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0