Femea
PAGINA 190 ANTONIO TAYERNARD Maria (atton/ta) Então'? Não te comprehenclo. Purêza E' clifficil e ho1·1·ivel de comprehender. Maria (ínterdicta ) O que estás dizendo'? Purêza (num desabafo em que as palavras parecem pedaços d'alma) O que estou dizenclc. o que quero dizer é que o meu fiiho ... não é filho do meu :marido. Maria \ balbuciante, estonteada, semi-idiota) E ele quem é, então'? Purêza Dó meu amante. Maria (mtte a rudéza do golpe, cambaleia, porém,-como a fi– lha, corrésse a amparal-a re– pelle-a com um grande grito) Não me toques, desgraçada! (Tropegando oas– sos de ebrio em direitura ao oratorio) Virgem Mãé, meu Dêus, dizei-me que estou sonhando! dizei-me que a minha Purêza não é urna adultera, ' que isto tudo não passa de um infernal pe:zadêllo ! (Recúa e, -com iwmensa expressão de dôr, fita a filha) Mi– nha filha! Meu amô1· ! (Ajoelhando junto a ella qae cahira prostrada numa cadeira) Não é ve1·da· dé, hão'? Foi simples a\lucinação dos meus senti· dos. Tu não és uma perdida, não'? -: Purêza ( desvencilhando-se d os braços que lhe prendem as pernas ) Perdôa·me, mamãe! Eu não devia, não tinha
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