Femea

PAGINA 186 ANTONIO TA-VERNARD minha filha! Vens .passar o Natal com tua mãezi– nha que pensa, todas as horas, na filha que casou e foi fazer o seu ninho na capital! E teu marido? Purêza (um pouco precipitada). E', mamãe, é; venho passar uns dias comtigo... . O Paulo chega . depois. Elle terh estado tão occu- pado! . . . E, por aqui, como vão todos? , · Maria (ajudando-a a tirar a capa . e o chapéo). Todos bem, graças a Deus! Até eu com os 1neus cincoenta e ·oito bem puchados . Tambem, isto é uma terra abençoada. ( Cingindo a filha amo– rosamente, leva a até a janella) Vês, Purêza ? Tudo como deixastfl. O pombal coberto de azas. O cor· rogo sempre brincalhão. Os cabritos travessando. Só o páo d'ar co cahiu. Coitado! Velhice, minha filha, velhice .. . O mesmo mal que soffro . Purêza (embevecida). . Tudo verde; parecendo rir ... Tudo como ou - trora ... Que paz! Que ventura! · . Maria (alongando o brapo). i Estás vendo aquel!e banco em baixo da man· gueira? Purêza Estou, porque ? Maria Foi alli que o Paulo me pediu a tua mão, ju· rando-me fazer -te felir,. · Pnrêza (afastando se da janella, ruborlsada, murmurando eva· . sivamente). E' verdade! E' verdade !. . . Maria.

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