Femea
OVELHO NINHO A' memoria do meu tio ,José Fra::ão (Sala de casa pobre; pelas parêdes registros de santos e chromos de folhinha; ao fundo, uma commoda de jacarandá supporta velho oratorio pe· }ado de imagens humildes, destacando-se tôsco Cru– cifixo illuminado por tremula candeia de azeite, ca– . deiras e sofá antigos, uma machina de costura ;unto a uma Jane/la aberta para o campo muito verde e para o çéo muito azul. · Na machina, pedalando mansamente, está sen · tada um anciã de 'face serena e cabe/los tãa brancos · como a roupa que coze; cantarola, a meia vqz, sin · gela trova sertanêja. . A' porta da rua, surge esbelta mulher de virde annos; é elegante e linda, mas seus olhos revelam angustia e ansiedade; traz na mão leve malêta de viagern que repousa no limiar; comtempla, a velha com infinita ternura, durante segundos; .demonstra hesitar sobre se deve entrar ou não; afinal, decide– se; entra e fala .) Mamãe! Pul'êza Maria (que se voltá. suprêza, en– cara a recem·vinda com ale– gia, corre para ella e abraça· ' a effusivamente). Tu, Purêza '? Mas sem avizai· '? ! Que bôa idéa,
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