Femea
ANTONIO TAVElUiARD do-o com o kn11t do arrependimento, e a que · convencionamos chamar consciencia, tirei illações seguras :-se a acceito por uma dessa ce1·imonias nupciaes que deixam de sei' um sacramento para se tornarem tima prostituição legal , far-me ·á ingres– sar, infallivelmente, quando aborrida dus meus am· plexos que não lhe poderão levar arroubos duradou· ros de paixão, na irmandade dos maridos cucos; se a postergo, o pae executa-me, um presidio hospe· dar-me-á por alguns mêzes, vomi.tando-me empós, desacreditado, incapaz para tudo que sej '.l reco• mêl,)o da · vida nobre, misera vel com toda a la,ta significação cio vocabulo, quando muito apto para chantagista ou g·igolô de uma traviata de alto tom que me dará dinheiro e humilhações, de qualquer forma, um indigno. Portanto, entre a infamia na– babêsca e a indigente, decidi,me pela primeira. Pedi-a en: casamento dentro de uma semana. E, emfim, ante os meus olhos, a persp.ectiva do porvir . trocava a sua faixa de lama nêgra por outra de lôdo alourado . Podl'iqueira sempre, mas, agora, da nuance das libras esterlinas. Lindo! Voltava elo club, sob. a tarde chuvarenta, dei· xando o auto escorregar pelo asphalto molhado. Noiv?ra com Anahyde ha dous dias e h'.1 um que os banqueiros do City, sabedô1·1:s do aconteci– mento peia indiscreção mundana dos matutinos, rea– bri1·am-me e.reditos. largos. Benesses da nova situa- - r çao. . Ao dobrar uma esquina em curva veloz, rent~ á sargêta onde a agoa gluglulava a canção mo110 · tona das enxm·radas, ouvi u,n oh! de espanto e contrariedade. Voltei me . Na calçada, ao abrigo da marquize de uma. loja de moda1:=, esbelto vulto
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